O X do século XXI - 10 minutos com Philip Wollen, ex vice-presidente do Citibank

A verdade que nenhum ambientalista pode deixar de mostrar:
Como a indústria da morte e crueldade dos animais está devastando o planeta, arruinando as espécies, adoecendo e matando de fome a humanidade em proporções gigantescas.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

AOMA no Seminário Internacional RIO+20 - Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental


Desenvolvimento sustentável combate à pobreza, saneamento, melhoria da qualidade de vida e da educação dominam o debate na RIO+20. Robson Magno representante AOMA e Patrícia Sousa SEMECEL participaram da RIO+20 Cúpula dos Povos por Justiça Social e Ambiental no Seminário Internacional na Arena Socioambiental: “O papel da agricultura na construção do desenvolvimento com sustentabilidade”.

O fortalecimento do papel da agricultura familiar na agenda do desenvolvimento sustentável dos países do Sul foi o objetivo deste encontro, que discutiu, em duas mesas redondas, os temas combate a pobreza, soberania e segurança alimentar, água e desertificação, agrobiodiversidade, mudanças climáticas e energia, bem como os desafios e perspectivas do tema nos diversos continentes no contexto do Ano Internacional da Agricultura Familiar. O debate foi promovido pela Confederação Internacional de Organizações de Produtores Familiares, Camponeses e Indígenas do Mercosul Ampliado (COPROFAN), com apoio do Foro Rural Mundial, da Associação Asiática de Agricultores para o Desenvolvimento Rural Sustentável (AFA, sigla em inglês) e da Federação Panafricana de Agricultores (PAFFO, sigla em inglês), com realização da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG). Foram convidados  José Graziano da Silva, Diretor Geral da FAO; Kanayo F. Nwanze, do FIDA; Pepe Vargas, Ministro do Desenvolvimento Agrário; Estrela Penúnia, da AFA; Conchi Quitana, do Foro Rural Mundial; Basavaraj Ingin, da AIAF; e Alessandra Lunas, da COPROFAN.

O estabelecimento de um novo marco para o desenvolvimento socioeconômico para o país, valorizando especialmente, o papel da agricultura familiar, para promover um novo modelo de ocupação e reforma agrária, garantia de soberania e segurança alimentar, melhores condições para os assalariados rurais, políticas públicas adequadas de Previdência, Saúde e educação, visando a interiorização e dinamização local e regional do desenvolvimento que priorizem a inclusão social e construção da cidadania para a população do meio rural.

Agricultura familiar no Brasil são 4.367.902 estabelecimentos. Eles representam 84.4% do total, mas ocupavam apenas 24,3% da área dos estabelecimentos agropecuários brasileiros e produzem cerca de 70% dos alimentos básicos.

A agricultura familiar é o sistema produtivo mais adequado para produção de alimentos saudáveis e seguros em virtude da necessidade crescente de priorizar a adoço de sistemas sustentáveis. Isto é possível porque a agricultura familiar é fortemente regida pelo trabalho da família, e a sua propriedade é também o local de sua moradia, dessa forma, os recursos naturais são utilizados com racionalidade.

Na Rio+20 a AOMA, Associação de Orientação ao Meio Ambiente de Santos Dumont,  e CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura defendeu ações e compromissos mais consistentes por parte dos governos para que a agricultura familiar e a reforma agrária sejam um dos instrumentos que garantam o desenvolvimento com sustentabilidade assegurem a oferta de alimentos de boa qualidade,gerem emprego e renda com respeito ao meio ambiente, que auxiliem a concretizar as pretensões defendidas, e estejam expressas nos documentos da conferência.

Nossas práticas revelam quem somos e no que acreditamos. “Desenvolvimento sustentável é o maior objetivo da industria, notamos cada vez mais um forte apelo para aplicação da gestão ambiental nas organizações, mas não há Desenvolvimento Sustentável, sem erradicação da pobreza e educação de qualidade”, afirma  o presidente da AOMA – Robson Magno. Precisamos de lideranças empresariais, políticas sociais comprometidas com as mudanças que uma sociedade sustentável exige e, acima de tudo, capazes de conduzir esse processo. Que as empresas, hoje com certeza uma das mais importantes instituições do homem moderno, alinhem os seus valores com os de seus colaboradores, que satisfaçam os seus desejos, que compartilhem de sua ética, que proporcionem um mundo melhor e que sejam antes de tudo empresas cidadãs iguais a nós cidadãos.

Porém, precisamos também fazer a nossa parte. Somos responsáveis em exigir práticas macroeconômicas éticas, mas também em sermos éticos nas pequenas decisões interpessoais, nos nossos lares, nos nossos ambientes de trabalho. Somos responsáveis por reivindicar a preservação dos nossos ecossistemas, mas também por adotar o consumo consciente para minimizar o descarte de produtos na natureza. A área rural, abandonada pelo governo e pouco divulgada pelos meios de comunicação, sofre com a poluição dos mananciais, a baixa produção de alimentos e de índices de produtividades, a pouca rentabilidade dos agricultores que acabam por optar pela exploração extrativista, reduzindo ainda mais os recursos naturais disponíveis; a ocupação desordenada do solo, o desmatamento e muitos outros problemas que passam despercebidos pela sociedade extremamente urbanista do Brasil.

Somos responsáveis por cobrar políticas sociais eficientes, sem interesses meramente eleitorais, mas também temos de nos sentir instigados a compartilhar o nosso conhecimento em prol do desenvolvimento do outro.

No século passado, certamente para falar de outro tema o pacifista Mahatma Gandhi nos sinalizou com o caminho a ser trilhado para garantir a sustentabilidade de nossas ações:

"Seja a mudança que você deseja ver no mundo”

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