Desenvolvimento sustentável combate à pobreza, saneamento,
melhoria da qualidade de vida e da educação dominam o debate na RIO+20. Robson
Magno representante AOMA e Patrícia Sousa SEMECEL participaram da RIO+20 Cúpula
dos Povos por Justiça Social e Ambiental no Seminário Internacional na Arena Socioambiental:
“O papel da agricultura na
construção do desenvolvimento com sustentabilidade”.
O fortalecimento do papel da agricultura familiar na agenda
do desenvolvimento sustentável dos países do Sul foi o objetivo deste encontro,
que discutiu, em duas mesas redondas, os temas combate a pobreza, soberania e
segurança alimentar, água e desertificação, agrobiodiversidade, mudanças
climáticas e energia, bem como os desafios e perspectivas do tema nos diversos
continentes no contexto do Ano Internacional da Agricultura Familiar. O
debate foi promovido pela Confederação Internacional de Organizações
de Produtores Familiares, Camponeses e Indígenas do Mercosul Ampliado
(COPROFAN), com apoio do Foro Rural Mundial, da Associação Asiática de Agricultores
para o Desenvolvimento Rural Sustentável (AFA, sigla em inglês) e da Federação
Panafricana de Agricultores (PAFFO, sigla em inglês), com realização da
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG). Foram
convidados José Graziano da Silva,
Diretor Geral da FAO; Kanayo F. Nwanze, do FIDA; Pepe Vargas, Ministro do
Desenvolvimento Agrário; Estrela Penúnia, da AFA; Conchi Quitana, do Foro Rural
Mundial; Basavaraj Ingin, da AIAF; e Alessandra Lunas, da COPROFAN.
O estabelecimento de um novo marco para o desenvolvimento
socioeconômico para o país, valorizando especialmente, o papel da agricultura
familiar, para promover um novo modelo de ocupação e reforma agrária, garantia
de soberania e segurança alimentar, melhores condições para os assalariados
rurais, políticas públicas adequadas de Previdência, Saúde e educação, visando
a interiorização e dinamização local e regional do desenvolvimento que
priorizem a inclusão social e construção da cidadania para a população do meio
rural.
Agricultura familiar no Brasil são 4.367.902
estabelecimentos. Eles representam 84.4% do total, mas ocupavam apenas 24,3% da
área dos estabelecimentos agropecuários brasileiros e produzem cerca de 70% dos
alimentos básicos.
A agricultura familiar é o sistema produtivo mais adequado
para produção de alimentos saudáveis e seguros em virtude da necessidade
crescente de priorizar a adoço de sistemas sustentáveis. Isto é possível porque
a agricultura familiar é fortemente regida pelo trabalho da família, e a sua propriedade
é também o local de sua moradia, dessa forma, os recursos naturais são
utilizados com racionalidade.
Na Rio+20 a AOMA, Associação de Orientação ao Meio
Ambiente de Santos Dumont, e CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura defendeu
ações e compromissos mais consistentes por parte dos governos para que a
agricultura familiar e a reforma agrária sejam um dos instrumentos que garantam
o desenvolvimento com sustentabilidade assegurem a oferta de alimentos de boa
qualidade,gerem emprego e renda com respeito ao meio ambiente, que auxiliem a
concretizar as pretensões defendidas, e estejam expressas nos documentos da
conferência.
Nossas práticas revelam quem somos e no que acreditamos. “Desenvolvimento sustentável é o maior objetivo da
industria, notamos cada vez mais um forte apelo para aplicação da gestão
ambiental nas organizações, mas não há Desenvolvimento Sustentável, sem
erradicação da pobreza e educação de qualidade”, afirma o presidente da AOMA – Robson Magno.
Precisamos de lideranças empresariais, políticas sociais comprometidas com as
mudanças que uma sociedade sustentável exige e, acima de tudo, capazes de
conduzir esse processo. Que as empresas, hoje com certeza uma das mais
importantes instituições do homem moderno, alinhem os seus valores com os de
seus colaboradores, que satisfaçam os seus desejos, que compartilhem de sua
ética, que proporcionem um mundo melhor e que sejam antes de tudo empresas
cidadãs iguais a nós cidadãos.
Porém, precisamos também fazer a nossa parte. Somos
responsáveis em exigir práticas macroeconômicas éticas, mas também em sermos
éticos nas pequenas decisões interpessoais, nos nossos lares, nos nossos
ambientes de trabalho. Somos responsáveis por reivindicar a preservação dos
nossos ecossistemas, mas também por adotar o consumo consciente para minimizar
o descarte de produtos na natureza. A área rural, abandonada pelo governo e
pouco divulgada pelos meios de comunicação, sofre com a poluição dos
mananciais, a baixa produção de alimentos e de índices de produtividades, a
pouca rentabilidade dos agricultores que acabam por optar pela exploração
extrativista, reduzindo ainda mais os recursos naturais disponíveis; a ocupação
desordenada do solo, o desmatamento e muitos outros problemas que passam despercebidos
pela sociedade extremamente urbanista do Brasil.
Somos responsáveis por cobrar políticas sociais eficientes,
sem interesses meramente eleitorais, mas também temos de nos sentir instigados
a compartilhar o nosso conhecimento em prol do desenvolvimento do outro.
No século passado, certamente para falar de outro tema o
pacifista Mahatma Gandhi nos sinalizou com o caminho a ser trilhado para
garantir a sustentabilidade de nossas ações:
"Seja a mudança que você
deseja ver no mundo”
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