O X do século XXI - 10 minutos com Philip Wollen, ex vice-presidente do Citibank

A verdade que nenhum ambientalista pode deixar de mostrar:
Como a indústria da morte e crueldade dos animais está devastando o planeta, arruinando as espécies, adoecendo e matando de fome a humanidade em proporções gigantescas.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

José Lutzenberg - Um crítico do discurso político do "crescimento econômico"

 Por AOMA

"Há um governo mundial tecnoditatorial dos grandes grupos. O governo mundial é privado".

"O livre mercado não resolve tudo, até porque é manipulado. O mercado só vê demanda, não vê necessidades. Os mercados são cegos para as gerações futuras."

"Capitalismo e socialismo são na verdade duas seitas da mesma coisa, que é o industrialismo."

"O verdadeiro desastre começou com aquilo que hoje designamos “progresso” e “desenvolvimento”. O pensamento básico deste novo contexto cultural faz com que queiramos sempre atingir eficiência Máxima em todos os nossos empreendimentos,eficiência esta, medida em termos de fluxo de dinheiro apenas, e quase nunca em termos de harmonia, sustentabilidade, integração, beleza,riqueza, de vida, etc"

J.Lutzenberger

Essas alguns ditos marcantes do nosso mais prestigiado, mas já falecido, ecologista José Antônio Lutzenberger, infelizmente pouco conhecido dos brasileiros. Sobre ele encontramos aqui algumas informações interessantes:

"De técnico de uma multinacional que fabrica produtos agrícolas a apaixonado ecologista. O gaúcho José Antônio Lutzenberger passou a defender o meio-ambiente em 1971, quando abandonou sua bem-sucedida carreira numa indústria agroquímica para fundar, com um grupo de simpatizantes da causa, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), a primeira organização não-governamental ecológica do Brasil. 

Lutzenberger nasceu em Porto Alegre, onde formou-se em agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especializou-se em agroquímica concluindo a pósgraduação em 1953 na Universidade de Louisiana, Estados Unidos. Prestava assessoria técnica em Porto Alegre quando, em 1957, foi contratado como técnico na matriz de uma empresa alemã. Transferido para chefiar o departamento agrícola, morou em Caracas de 1959 a 1966, quando voltou a trabalhar na Alemanha. Em 1967, foi mandado para Casablanca, no Marrocos. 
Presidiu a Agapan de 1971 a 1987, período em que se destacou nas lutas contra a poluição provocada por uma fábrica norueguesa de celulose, em Guaíba (RS), e pela correta maneira de podar as árvores, em Porto Alegre. Em 1972, foi assessor da Comissão Parlamentar de Estudos da Poluição e Defesa do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Em 1978, por encomenda do governo gaúcho, projetou o Parque da Doca Turística de Porto Alegre. Um ano depois, fundou a empresa Vida Produtos Biológicos, especializada em reciclagem de resíduos industriais. 

Em 1987, preocupado com a destruição da vida na terra, criou a Fundação Gaia, um centro de estudos que visa a conservação do planeta. No ano seguinte ganhou o troféu The Right Livelihood Award, prêmio concedido, na Suécia, a personalidades que se destacam na defesa da ecologia em todo o mundo. Em 1990, foi nomeado pelo presidente Fernando Collor Secretário Nacional do Meio Ambiente. Foi destituído dois anos depois, antes da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, a Rio-92, por discordar das teses da Comissão Interministerial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Levantou suspeita de que havia corrupção no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e afirmou que o departamento responsável por florestas e madeiras no Brasil era uma sucursal das madeireiras. 

A obra de Lutzenberger, morto em 2002, aos 75 anos, é a perfeita tradução de que é possível a economia crescer sem agredir a natureza." - Grifo Nosso


Esta matéria está no site oficial do governo federal: http://www.brasil.gov.br/sobre/historia/personagens-historicos/jose-lutzen-berger-1926-2002. Esse site é indicado para pesquisa escolar por conter informações sobre o país.

Diz-se que quem conta um conto aumenta um ponto. Diremos que quem conta a historia faz a história. A história escrita nunca é neutra. Mas distorções como essa, colocada no site oficial do governo federal, nos deixa indignados e nos faz pensar o quanto de proposital há nisso: há que se referendar o desenvolvimentismo a qualquer preço, nem que para isso tenha que se reapropriar, esvaziando, o discurso dos seus maiores críticos! Colocamos aqui a inesquecível crítica que Lutzberger faz do uso político do conceito de "crescimento econômico", lembrando que este é um conceito incompatível com um modelo econômico sustentável. Portanto Lutzemberger jamais foi "a perfeita tradução de que é possível a economia crescer sem agredir a natureza" - uma frase falsa e vazia de sentido. Lutzemberger dizia que não se trata mais de discutir sobre crescimento ou desenvolvimento econômico, mas de distribuição e racionalização urgente dos recursos, pois nosso planeta está esgotado! Vejamos as palavras do próprio: 


"Durante a Conferência Mundial do Meio Ambiente, a Rio 92, a Sra. Brundtland, primeira ministra da Noruega e mentora desta conferência disse que precisávamos de mais crescimento econômico para que conseguíssemos os meios necesssários para corrigir os danos causados até agora. É como se pedíssemos mais neve e mais inclinação para uma bola de neve, isto já quando é iminente a avalanche. 
Outra coisa é como nossos economistas e nossos governantes medem esse crescimento. Eles procuram é medir o Produto Nacional Bruto - PNB. Mas que medida, que unidade é o PNB? Todo o mundo sabe que atualmente, quando há mais quedas de avião, quando há mais acidentes de carro, cresce o PNB. Se o aumento desenfreado da poluição nos obriga a construir mais hospitais, a gastar sempre mais com medicamentos, então cresce o PNB. Ao PNB brasileiro só é adicionado o que ganhamos em dinheiro, com a exportação de nossos recursos naturais, mas não vejo em nenhum lugar a conta onde os governos subtraem o que perdemos em florestas devastadas e inundadas, os minérios que não estão mais lá... O mercado não enxerga as necessidades humanas, só as demandas expressas em dinheiro. O mercado também é cego, totalmente cego para as gerações futuras." 


Estas palavras são traduções de um trecho do documentário "Lutzenberger: For Ever Gaia". Confira aqui e conheça este grande homem:





quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A História dos Eletrônicos

Por Bruno Rezende  para o Coluna Zero

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Depois de A História das CoisasA História da Água Engarrafada e A História dos Cosméticos, vídeos já publicados aqui neste ano, o projeto The Story of Stuff, de Annie Leonard, nos apresenta A História dos Eletrônicos.
O vídeo de aproximadamente 8 minutos mostra como funciona o modo de produção da indústria de alta tecnologia, abordando toda a questão dos materiais altamente tóxicos utilizados na composição dos eletrônicos e a contaminação generalizada que eles provocam. Além disso, Annie fala sobre o modo de produção dos eletrônicos, visto por ela como “feitos para se jogar fora”. Isso mostra como a economia pode se tornar insustentável, seja do modo ecológico da palavra ou do sustento propriamente, pois não há riqueza natural que resista a tanta demanda.


Annie diz que mesmo quando se quer consertar um aparelho eletrônico, é muito mais fácil ir a uma loja e comprar outro novo. As promoções semanais em grandes redes de lojas de departamento são uma prova. Um aparelho de DVD, por exemplo, pode ser encontrado por menos de R$ 50,00 em uma promoção. Tal consumo elevado acaba gerando uma produção em massa causadora de problemas de saúde sociais e ambientais. A ativista lembra que cada eletrônicos é feito a partir de diversos minerais e produtos químicos tóxicos, como PVC, mercúrio e solventes; industrializados em locais de difícil controle ambiental - o que facilita a propagação de doenças entre os funcionários. Alguém aqui se lembrou da nossa Zona Franca de Manaus?

A ativista propõe um novo modelo de produção, no qual a indústria de eletrônicos seja responsável pelo lixo que ela originou, que invista em tecnologias limpas, em um design duradouro e adotando a prática de reposição de peças, ao invés de trocar um aparelho todo.

Enfim, vale a assistir o vídeo. Só um detalhe, o vídeo está todo em inglês, mas é possível traduzir as legendas para português. Clique neste botão  no canto direito da barra de vídeo e depois escolha a opção "traduzir legendas" selecionando o idioma "português".




Fonte Original: http://www.colunazero.com.br/2010/11/historia-dos-eletronicos-legendado.html

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A História dos Cosméticos

Por Bruno Rezende para o Coluna Zero.




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O projeto The Story of Stuff lançou o novo vídeo, A História dos Cosméticos, informando sobre os perigos do uso diário de cosméticos. A apresentadora Annie Leonard afirma que o uso contínuo de cosméticos está adoecendo toda a sociedade. A maioria dos produtos encontrados no mercado estão carregados de toxinas causadoras de diversos problemas de saúde, como câncer, dificuldade de aprendizado e até infertilidade masculina.


Annie levanta pontos importantes referentes ao processo de decisão de compra do consumidor, mostrando os tipos de argumento que as empresas usam para atrair e estimular o consumo de determinados cosméticos.










domingo, 20 de novembro de 2011

A História da Água Engarrafada


Por Bruno Rezende, para o Coluna Zero


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Depois do sucesso do vídeo A História das Coisas, Annie Leonard produziu um novo vídeo de conscientização ecológica: The Story of Bottled Water, no bom português se traduz como A História da Água Engarrafada.
A proposta de Annie, com este vídeo de oito minutos, é de estimular o consumo de água da torneira. Seu argumento baseia-se em pesquisas científicas que comprovaram que a água de garrafa muitas vezes tem menor qualidade do que a filtrada; testes de opinião pública mostram a água tratada como de "gosto mais puro" que a mineral; água armazenada em garrafas plásticas podem custar até 2 mil vezes mais que a água de torneira. Annie defende que a água é um bem de todos e não deveria ser comercializada. “O que eles vão vender depois, ar?”, ela se pergunta.

Dentre outros problemas com relação à água engarrafada está o lixo gerado pelo plástico das embalagens, já que 80% destas garrafas não são recicladas e acabam parando em lixões de países subdesenvolvidos. Só nos Estados Unidos mais de 500 milhões de garrafas de água são consumidas toda semana, o que permitiria dar mais de 5 voltas em torno do nosso planeta.

A ativista finaliza o vídeo dizendo que a solução é cobrar de políticos e órgãos públicos mais investimentos de infraestrutura para o tratamento da água e prevenção da poluição de rios e lagos, que segundo ela são poluídos pelas próprias indústrias que fabricam as águas engarrafadas. Confira aí:



domingo, 6 de novembro de 2011

Fita rosa nas tetas das vacas e o câncer de mama

ANDA - 
Eco Animal - Márcio Linck  - 06 de novembro de 2011


Há poucos dias ocorreu a Semana Mundial do Câncer de Mama, onde campanhas de conscientização no mundo inteiro tiveram o intuito de chamar a atenção para esse grave problema que atinge mulheres em quase todas as faixas etárias, mas principalmente aquelas acima dos trinta anos. O Instituto Nacional do Câncer aponta o estado do RS com a maior incidência e por aqui não faltaram palestras, reportagens e campanhas como a do laço cor de rosa como símbolo dessa luta.

Mas interessante é que em quase todas as notícias referentes a essa campanha de conscientização, a grande maioria enfatizou apenas a prevenção através do auto exame ou da mamografia. Muito pouca ênfase na prevenção através dos cuidados com a alimentação, stress, álcool, fumo, obesidade, reposição hormonal, diabetes e hereditariedade. Mesmo nesse último quesito, como diz o cardiologista Fernando Luchese, os fatores genéticos constituem-se como uma bomba relógio que você tenta desarmar ou não, dependo do estilo de vida que leva.

No RS, onde se consome em demasia muita gordura animal, carne e laticícios, o que pode favorecer a alta incidência desse tipo de câncer. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Leeds (www.leeds.ac.uk) e publicada na revista especializada British Journal of Câncer (www.nature.com/bjc), com 35 mil mulheres com idades entre 35 e 69 anos, aquelas que passaram da menopausa e comem mais de 103 gramas de carne vermelha por dia ou carne processada, tem 64% mais chances de desenvolver a doença. Já as mulheres em período pós-menopausa que consomem cerca de 57 gramas de carne por dia têm 56% de chance de desencadear o câncer de mama. A pesquisa revelou que mesmo as mulheres jovens têm leve risco de desenvolver a doença se comerem carne vermelha todos os dias.

No livro intitulado “Your life in your hands” (A Tua Vida Nas Tuas Mãos) da professora de geoquímica Jane Plant, a mesma relata sua experiência pessoal de luta e sobrevivência a cinco tumores mamários, que mesmo passando pelas práticas convencionais de tratamento, só veio a ter a cura efetiva após seis semanas de abandono total do leite e seus derivados. Diz ela que a relação entre o consumo de lácteos e o câncer de mama é similar a do tabaco e o câncer de pulmão. E tudo começou, relata ela, numa viagem do seu marido, que também é cientista, à China. Constataram que tal enfermidade era virtualmente inexistente naquele país, onde apenas uma entre 10.000 mulheres morria de câncer de mama. Já no reino Unido morria uma para cada 12 mulheres. E a mesma constatação em relação aos homens e o câncer de próstata, pois a maioria da população chinesa é incapaz de tolerar o leite e por isso não o tomam. Lá não há o hábito de se dar leite de vaca para as crianças. E não pode ser uma simples casualidade que, mais de 70% da população mundial tem sido incapaz de digerir a lactose. E outra constatação interessante é que os chineses ou mesmo os orientais em geral, que adotam os hábitos da dieta ocidental, seja no seu próprio país de origem ou quando passam a morar fora, acabam desenvolvendo esse tipo de câncer.

Segundo a professora Plant, “o leite de vaca é um grande alimento . . . mas só para os bezerros, pois a natureza não o destinou para ser consumido por nenhuma outra espécie”. O leite só é natural para o filhote que recebe de sua própria mãe esse alimento. Fora disso, torna-se um elemento estranho ao organismo de uma outra espécie adulta que já deixou a fase de amamentação. De todas as espécies mamíferas a humana é a única que comporta-se como filhote mesmo depois de adulta e teima em tomar leite aé morrer de velho. Em média, aos três anos de idade perdemos duas importantes enzimas necessárias à decomposição e a digestão do leite, a renina e a lactase. Além desse fato o leite possui em sua composição alto teor de gordura, caseína e um conveniente e bonito nome para milhões de células somáticas, que nada mais são do que PUS. Não bastasse isso é freqüente a contaminação com fezes e pesticidas.

Então está na hora de aprofundar o debate e as campanhas que visam alertar esse grave problema que afeta homens e mulheres do mundo inteiro e inserir nesse contexto o que se evidencia como conseqüência de um hábito tradicional, porém equivocado, em que lá na origem da fazenda transforma fêmeas bovinas em escravas leiteiras, onde seus ventres exaustos e suas mamas judiadas e sugadas são meras máquinas de um lucrativo agronegócio. Alí também tem muito sofrimento e dor nas mamas.


Imagens: recolhidas da web por AOMA

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