O X do século XXI - 10 minutos com Philip Wollen, ex vice-presidente do Citibank

A verdade que nenhum ambientalista pode deixar de mostrar:
Como a indústria da morte e crueldade dos animais está devastando o planeta, arruinando as espécies, adoecendo e matando de fome a humanidade em proporções gigantescas.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Conheça as dez cidades brasileiras que mais desperdiçam água

Conheça as dez cidades brasileiras que mais desperdiçam água


Desperdício pode ocorrer por diversos motivos


      De cada 100 litros de água coletada e tratada, em média, apenas 67 litros chegam às torneiras de todo o Brasil. Os outros 37% são desperdiçados, junto com o dinheiro investido no saneamento básico. O prejuízo financeiro com as perdas de água no país chega a R$ 8 bilhões ao ano, segundo estudo do Instituto Trata Brasil, feito com base nos dados mais recentes (2013) do Ministério das Cidades.
     Tamanho desperdício também contribui para a situação de colapso hídrico que o país vive atualmente. Ligações clandestinas, infraestrutura desgastada, vazamentos, obras mal executadas ou medições incorretas no consumo de água são as principais causas da perda de faturamento das empresas operadoras, sejam públicas ou privadas.
     De acordo com os cálculos do Trata Brasil, todo o volume perdido em 2013 equivale a 6,5 vezes a capacidade do sistema Cantareira (sem considerar as reservas técnicas).
     Conforme a pesquisa, as perdas de água representam um entrave para a expansão das redes de distribuição do saneamento, além de aumentar a pressão sobre os recursos naturais, agravando quadros de escassez hídrica, já que mais água precisa ser retirada da natureza.
  Conheça agora as dez cidades que mais perdem água (na distribuição) e dinheiro (perdas de faturamento) no Brasil:
1) MACAPÁ (AMAPÁ)
Índice de perda na distribuição em 2013: 73,56%
Índice de perda de faturamento: 73,91%
Índice de atendimento total de água: 38,82%
População em 2013: 437.256

2) JABOATÃO DOS GUARARAPES (PERNAMBUCO)
Índice de perda na distribuição em 2013: 70,63%
Índice de perda de faturamento: 65,45%
Índice de atendimento total de água: 53,96%
População: 675.599

3) PORTO VELHO (RONDÔNIA)
Índice de perda na distribuição em 2013: 70,33%
Índice de perda de faturamento: 68,87%
Índice de atendimento total de água: 30,77%
População: 484.992

4) PAULISTA (PERNAMBUCO)
Índice de perda na distribuição em 2013: 67,43%
Índice de perda de faturamento: 58,49%
Índice de atendimento total de água: 85,43%
População: 316.714

5) CUIABÁ (MATO GROSSO)
Índice de perda na distribuição em 2013: 67,29 %
Índice de perda de faturamento: 64,50%
Índice de atendimento total de água: 93,03%
População: 569.830

6) SÃO LUÍS (MARANHÃO)
Índice de perda na distribuição em 2013: 67,24%
Índice de perda de faturamento: 68,61%
Índice de atendimento total de água: 90,15%
População: 1.053.922

7) VÁRZEA GRANDE (MATO GROSSO)
Índice de perda na distribuição em 2013: 64,35 %
Índice de perda de faturamento: 65,91%
Índice de atendimento total de água: 98,26%
População: 262.880

8) MACEIÓ (ALAGOAS)
Índice de perda na distribuição em 2013: 61,28%
Índice de perda de faturamento: 59,47%
Índice de atendimento total de água: 94,65%
População: 996.733

9) MOSSORÓ (RIO GRANDE DO NORTE)
Índice de perda na distribuição em 2013: 60,58 %
Índice de perda de faturamento: 54,20%
Índice de atendimento total de água: 93,74%
População: 280.314

10) RIO BRANCO (ACRE)
Índice de perda na distribuição em 2013: 60,21%
Índice de perda de faturamento: 60,2%
Índice de atendimento total de água: 48,97%
População: 357.194


12 passos para começar uma horta comunitária

12 passos para começar uma horta comunitária


Se você deseja iniciar um desses projetos em seu bairro ou cidade fique atento a essas dicas.
12 passos para começar uma horta comunitária

Uma horta comunitária tem poder para revitalizar áreas degradadas e ainda unir pessoas. | Foto: iStock by Getty Images

   A popularidade das hortas comunitárias só cresce a cada dia. O CicloVivo já noticiou diversos exemplos espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Se você deseja iniciar um desses projetos em seu bairro ou cidade, mas ainda não sabe como começar, nós separamos os 12 primeiros passos para tirar a ideia do papel e torna-la realidade. As dicas foram publicadas no site TreeHugger e dadas por Elizabeth Johnson, uma canadense que transformou uma área industrial de Ontário em uma famosa horta que conta com a participação de 15 famílias.
1. Comece a falar sobre uma horta comunitária
Antes de plantar a semente, plante a ideia. Converse com pessoas de sua comunidade e fale sobre os benefícios e todas as vantagens que uma horta comunitária pode trazer. Deixe que eles percebam a sua vontade em fazer acontecer e sejam contagiados por isso.
2. Encontre o espaço ideal
Em grandes cidades as áreas livres estão cada vez mais escassas. Mas, se for possível analise as opções e escolha a melhor. O terreno ideal é plano e ensolarado. O solo não precisa ser perfeito, pois ele pode ser substituído por terra nova sem a necessidade de grandes alterações ou investimentos.
3. Pesquise se existe algum tipo de subsídio na sua região
Algumas prefeituras disponibilizam sementes, ferramentas e até instrutores para ensinarem as primeiras técnicas. Existem também ONGs e coletivos que ajudam os novos agricultores. Pesquise e aproveite os benefícios que essas trocas podem gerar.
4. Tenha camas individuais
Dessa forma, cada família ou pessoa é responsável por seu próprio cultivo. No entanto, deixe as sementes e as áreas de plantio de ervas disponíveis para todos os participantes.
5. Inicie um sistema de compostagem
Um sistema simples é a composteira caseira ou minhocário. Ela pode ser feita pelos próprios participantes. O adubo produzido por este sistema é usado na plantação e substitui os fertilizantes industriais. Clique aqui e saiba como fabricar o seu próprio minhocário.
6. Dê liberdade aos participantes
Cada pessoa pode escolher o que será plantado no seu espaço. Além disso, é legal incentivar os participantes a criarem suas próprias mudas para que possam trocar uns com os outros e ter mais variedade no plantio.
7. Faça uma cerca
A restrição não deve ser feita para impedir a entrada da comunidade, visitantes ou tornar a horta um espaço segregado. A cerca é uma opção apenas para manter animais domésticos, como cães e gatos, longe do plantio. Essa medida deve preservar a plantação e evitar estragos no solo.
8. Tenha regras
Em hortas comunitárias é ideal ter um planejamento. Escalas que determinam dias e horários dos responsáveis pela rega das plantas, por exemplo, é algo essencial. Isso evita que o local receba água de mais ou de menos. Mutirões de plantio e limpeza também são sempre bem-vindos.
9. Pode ser necessário a criação de um conselho informal
Em alguns casos é necessário que haja uma liderança que ajude a manter a horta sob-controle e esteja apto e disposto a resolver atritos, receber sugestões e criar novas soluções para elevar a qualidade da horta urbana.
10. Convide pessoas experientes para conversar com a comunidade
Receber bons conselhos e trocar experiências é essencial para manter o grupo unido e melhorar o plantio. Além disso, a participação de palestrantes tente a incentivar ainda mais a comunidade.
11. Torne o seu espaço atraente
Isso também inspira muito a comunidade e atrai novos participantes. Afinal, quem não gosta de estar um local agradável?
12. Compartilhar refeições comunitárias no jardim
Este é um jeito especial de comemorar a colheita, os árduos meses de trabalho. Além disso, é sempre gostoso dividir uma refeição com a família e os amigos.

Árvore mais velha do mundo está na Suécia e tem 9550 anos

Árvore mais velha do mundo está na Suécia e tem 9550 anos


A Old Tjikko é um exemplar da espécie Picea abies, popularmente chamada de “Árvore de Natal”.
Árvore mais velha do mundo está na Suécia e tem 9550 anos
Localizada a uma altitude de 910 metros, na província sueca de Dalarna, a Old Tjikko possui quatro metros de altura. | Foto: Wikimedia Commons

      9550. Este número enorme e até difícil de ser mensurado é a idade média da árvore mais antiga do mundo, conhecida como Old Tjikko. Localizada na Suécia, a árvore foi descoberta em 2004 e estudada por um grupo de pesquisadores liderados por Leif Kullman, do departamento de meio ambiente e ecologia da Universidade de Umea.
      Normalmente a idade das árvores é identificada a partir da quantidade de anéis em seu tronco. No entanto, a Old Tjikko passou por um processo diferente. Os cientistas fizeram as estimativas através de dados de Carbono-14. Este processo consiste na coleta de material orgânico nas raízes da planta.

Foto: Karl Brodowski

       A Old Tjikko é um exemplar da espécie Picea abies, popularmente chamada de “Árvore de Natal”. Apesar de ser considerada a mais antiga do mundo, a árvore que nós vemos hoje não é necessariamente a mesma que sobreviveu à Era do Gelo. Por sua capacidade de clonagem, os especialistas explicam que esta planta tem a capacidade de manter suas raízes mesmo quando o tronco parece morto. Assim, é possível que a árvore cresça novamente inúmeras vezes.
       Localizada a uma altitude de 910 metros, na província sueca de Dalarna, a Old Tjikko possui quatro metros de altura. Os pesquisadores explicam que a vida útil de cada tronco é muito alta, chegando à estimativa média de 600 anos.  O pinheiro Bristleone, localizado na Califórnia, é considerado a segunda árvore mais velha do mundo, com, aproximadamente, cinco mil anos.

13 bons motivos para começar uma horta comunitária

13 bons motivos para começar uma horta comunitária


Educação ambiental, empoderamento, valorização e alimentos frescos são apenas alguns dos benefícios.
13 bons motivos para começar uma horta comunitária
Trabalhar em uma horta mantém a cabeça e o corpo sempre ativos. | Foto: iStock by Getty Images


      Uma horta comunitária proporciona benefícios em diversas proporções. Para tornar isso ainda mais claro, nós fizemos uma lista com alguns dos retornos positivos que um plantio urbano pode oferecer.
Ganhos individuais:
  1. Ter sempre alimentos frescos, livres de agrotóxicos e com garantia da procedência.
  2. Trabalhar em uma horta mantém a cabeça e o corpo sempre ativos.
  3. Desenvolve habilidades ligadas à jardinagem, artesanato e até marcenaria.
  4. Ajuda a aliviar o estresse e a praticar a paciência.
  5. Aprender a cultivar plantas estimula o conhecimento e acrescenta experiências práticas ao indivíduo.
Ganhos coletivos:
  1. Envolve a comunidade e aproxima vizinhos.
  2. Auxilia na educação ambiental, estimulando a minimização na produção de resíduos, reciclagem e compostagem.
  3. Empodera as pessoas e estimula a organização comunitária, pois envolve a tomada de decisões compartilhadas, a resolução de problemas, negociações, arrecadação e distribuição financeira, entre outras coisas.
  4. Valoriza o bairro e, consequentemente, o valor dos imóveis em toda a vizinhança.
  5. Serve como ponto de encontro e lazer, onde as pessoas podem se conhecer e compartilhar experiências.
Ganhos ambientais:
  1. Áreas verdes ajudam a combater as ilhas de calor.
  2. A agricultura urbana ajuda a aproximar as pessoas da natureza e a resgatar a importância da preservação para a manutenção da vida.
  3. Serve como refúgio para a biodiversidade local.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Alumínio: o que é? Quais suas propriedades? Quais os impactos que ele pode trazer ao homem e ao planeta?

Alumínio: o que é? Quais suas propriedades? Quais os impactos que ele pode trazer ao homem e ao planeta?

O aparelho que você está usando para ler este artigo certamente tem alumínio

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Imagem: Pixabay / CC0 Public Domain
     O alumínio é um dos metais mais abundantes, importantes e presentes na sociedade moderna. Se você olhar ao seu redor, vai ser difícil encontrar algum objeto que não tenha alguma parte feita de alumínio. Mas afinal, o que é esse metal? Quais os motivos dele ser tão utilizado? Como reciclar? Quais são suas propriedades e quais são os possíveis impactos que sua extração e utilização podem trazer ao homem e ao planeta?

O alumínio

       O elemento químico Al, o alumínio, quando puro, possui a forma de um metal prateado, leve e inodoro. O alumínio é considerado o terceiro elemento químico mais abundante na crosta terrestre e o mais abundante entre os elementos metálicos, porém ele não é encontrado na forma metálica que conhecemos, mas sim em diversos minerais e argilas.
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Fonte: Dados adaptados de www.ufrgs.br
    Quando o alumínio se apresenta no formato metálico e puro, ele tem algumas características que possibilitam a sua aplicação em diversas áreas. Entre suas características, estão:
• Força e alto ponto de fusão (660 ºC);
• Baixo peso (praticamente 4 vezes mais leve que o cobre metálico);
• Alta resistência à corrosão;
• Boa condutividade elétrica (quase duas vezes maior que a condutividade do cobre);
• Possui a capacidade de refletir luz;
• Fácil de ser processado e moldado;
• Impermeável, não possui odor e não é inflamável (exceto alumínio em pó);
• Possibilidade de adição de outros elementos ao material, formando assim ligas com propriedades variadas;
• Extremamente abundante no ambiente;

        O alumínio, não apenas em sua forma metálica, é extremamente utilizado em diversas áreas, como em construções, materiais, cerâmicas, processos industriais, alimentos, fármacos, cosméticos, tratamentos de água, embalagens, veículos, utensílios domésticos, aviões, entre outras.
        O metal também é muito importante para o mercado de pedras preciosas! Rubi, safira, granada (garnet), jade e o topázio possuem, em suas composições, o alumínio.
     O alumínio foi e é muito importante para o desenvolvimento da sociedade moderna. Apesar de ser considerado um recurso natural inesgotável, a constante e crescente exploração afeta o ambiente, e a exposição humana ao material pode influenciar a saúde.

Processo de obtenção

      A matéria-prima principal do alumínio metálico é a Alumina. A alumina é extraída de uma classe de rochas chamadas de bauxita, através do chamado processo Bayer. É estimado que as reservas mundiais de bauxita totalizem cerca de 27,1 bilhões de toneladas - o Brasil possui 7% desse total (em torno de 1,9 bilhão de toneladas).
     Veja o vídeo que explica de forma simplificada a produção do alumínio, desde a extração da bauxita.
     Após a obtenção da alumina, que é um óxido de alumínio (Al2O3), é necessário obter o alumínio metálico puro. Através de um processo chamado eletrólise, é passada uma corrente elétrica para que a alumina se transforme no alumínio metálico, o alumínio primário.

Produção e consumo

       No ano de 2012, a indústria de alumínio no Brasil, desde a mineração até a reciclagem, teve um faturamento de R$ 38 bilhões, o que representou 3,9% do PIB industrial. Neste mesmo ano, o país totalizou 1,5 milhão de toneladas de alumínio produzidas.
     Os países que mais extraem a bauxita no mundo são Austrália, Brasil, China e Índia, sendo a China a maior produtora de alumínio do mundo. A Ásia é responsável por mais de 50% da produção mundial de alumínio, que se mantém em torno de 47 milhões de toneladas por ano.
     O consumo mundial de alumínio acompanha sua produção. Em 2012, houve a produção de 46,28 milhões de toneladas e o consumo de 45,28 milhões de toneladas.

Impactos ambientais

- Consumo de energia
      Devido ao fato do alumínio ser um metal muito estável, a energia necessária para a sua produção é extremamente alta, chegando à 16,5 kWh para cada quilo de alumínio produzido. Traduzindo este dado: um quilo de alumínio produzido por meio da alumina tem energia mais do que necessária, em média, para manter um computador funcionando por 8 horas, todos os dias, durante um mês. Em 2006, a indústria de alumínio no Brasil consumiu o total de 25.983 GWh para a produção de 1,6 milhão de toneladas de alumínio. Esta quantidade de energia significa 6% de toda a energia elétrica gerada no país.
    Graças a este consumo extremo de energia, a planta industrial que transformará a alumina em alumínio deve possuir estações geradoras de energia exclusivas para a sua produção que, dependendo do tipo de conversão de energia, pode trazer mais impactos ainda para o meio ambiente. Muitas vezes, estas estações de energia são hidrelétricas, as quais, ao contrário do que muitos pensam, não são consideradas fonte de energia “limpa” (veja os impactos das hidrelétricas aqui).
- Emissão de gases poluentes
       A produção do alumínio, desde a extração da bauxita até a transformação da alumina em alumínio, gera alguns gases poluentes, como o gás carbônico (CO2) e os perfluorcarbonetos (PFCs). Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), em 2010, a produção de alumínio primário (1,53 milhão de tonelada) gerou 2,54 milhões de toneladas de CO2 e 140 toneladas de PFCs.
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Imagem: Associação Brasileiro do Alumínio
- Lama vermelha
     A lama vermelha é o nome popular para o resíduo insolúvel gerado na produção da alumina durante a etapa de clarificação do processo Bayer. Por ser um resíduo, a composição da lama vermelha varia, depende muito da composição da bauxita utilizada no processo. Os elementos mais comuns presentes na lama vermelha são o ferro, titânio, sílica e o alumínio não extraído com sucesso.
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Imagem: Hydro
     A lama vermelha é formada por partículas bem finas e é extremamente alcalina (pH 10~13), devido ao alto pH, pode causar queimaduras quando entra em contato com a pele. As proporções de lama vermelha produzidas no processo ainda não estão estabelecidas, porém as proporções mais comuns apresentadas em pesquisas variam entre uma e duas toneladas de lama vermelha para cada tonelada de alumina produzida. Não há um consenso sobre a quantidade de lama vermelha produzida anualmente no mundo - algumas referências citam 30 milhões de toneladas por ano, outras 50 milhões. No Brasil, não existem dados da quantidade de lama vermelha gerada na indústria de alumina.
     A Environmental Protection Agency (EPA), a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, não considera a lama vermelha como um resíduo tóxico, porém, por ser um resíduo extremamente rico em metais e apresentar uma alcalinidade muito alta, quando em contato com efluentes e organismos vivos, ela pode ter uma influência muito forte no meio, alterando as propriedades e a estabilidade.
      Normalmente, o processo mais barato de tratamento da lama vermelha é o método úmido, que consiste em adicionar água à lama e dispor a solução para a sedimentação, porém este método possui um potencial de impacto ambiental alto. Grandes “lagoas” são feitas à céu aberto, é aplicado um plástico impermeável no fundo para que a solução da lama vermelha não infiltre no solo e atinja o lençol freático. Estas lagoas podem ser válidas entre quatro e sete anos.
      Em 2010, um derramamento de lama vermelha deixou nove mortos e um cenário de devastação em uma aldeia na Hungria. Confira no vídeo o resultado deste acidente.
   Devido ao fato das partículas presentes na lama vermelha serem muito finas, elas apresentam uma área superficial muito grande, essa característica é muito interessante para aplicações tecnológicas. Várias pesquisas são feitas para as possíveis utilizações da lama vermelha, como na indústria cerâmica, construção civil, tratamento de superfícies, tratamento de efluentes, etc.

Reciclagem

     O alumínio é considerado um material 100% reciclável, pois não degrada no processo de reciclagem. Se um quilo de alumínio for reciclado, teoricamente um quilo será recuperado. Como foi visto, o processo de transformação da alumina em alumínio requer um gasto de energia muito grande, pois o alumínio metálico é muito estável, tão estável que não degrada ao ser fundido.
Entre as vantagens da reciclagem do alumínio, estão:
• Capacidade de ser reciclado infinitas vezes sem perder suas propriedades;
• A reciclagem de um quilo de alumínio consome apenas 5% da energia necessáriapara a produção de um quilo de alumínio;
• A cada tonelada de alumínio reciclado, nove toneladas de CO2 são poupadas (cada tonelada de CO2 equivale a dirigir 4800 km);
• A cada tonelada de alumínio reciclado, cinco toneladas de bauxita são preservadas.
• A cada latinha reciclada, é economizado energia suficiente para deixar uma TV ligada durante 3 horas.

     O Brasil lidera a lista dos países que mais reciclam latas de alumínio - cerca de 98% das latas produzidas (veja mais sobre a reciclagem de latas no Brasil).
     O processo da reciclagem do alumínio consiste basicamente no aquecimento até a sua total fundição, quando o alumínio fica líquido. Assim que o alumínio se torna líquido, ele é posto em formas para a formação dos lingotes e então resfriado até solidificar. Para a reciclagem de latas, primeiramente é necessário uma inspeção para a retirada de papéis, plásticos e quaisquer materiais que não sejam alumínio. Após a inspeção, as latinhas são prensadas para ocuparem menos espaço e serem “derretidas” rapidamente.
  Antigamente, algumas falsas informações sobre reciclagem do alumínio foram espalhadas, tornando-se lendas urbanas. Quem nunca ouviu falar sobre trocar uma quantidade de anéis de latas de alumínio por cadeiras de rodas, computadores ou outros objetos? Não há comprovação de que alguma instituição ou empresa tenha feito esta proposta. Outras “lendas” dizem respeito à composição do anel - se você juntasse uma garrafa PET de um ou dois litros cheia de anéis, ela valeria mais de 100 reais, pois o anel conteria metais preciosos, como ouro ou prata. Esta é mais uma falsa informação. É mais provável haver, na composição da liga de alumínio das latas, metais de magnésio.

O alumínio no seu dia a dia

      O alumínio é extremamente presente no dia a dia da sociedade. Este metal se tornou tão vital que seria praticamente impossível o ritmo de desenvolvimento industrial se manter se todo o alumínio existente fosse retirado. O alumínio está presente em quase tudo que usamos: lata de refrigerante, antitranspirantes, vidros à prova de balas, mecanismos de purificação de águas, asas de aviões. O equipamento que você está utilizando, com certeza possui alumínio em alguma peça ou parte vital.
    Objetos compostos de alumínio estão muito presentes até em nossas refeições - os talheres e panelas normalmente possuem alumínio ou são feitos a partir dele (veja mais sobre os tipos de panelas).
      Ao reagir com o ar, o alumínio forma uma camada protetora com o oxigênio, impedindo que haja transferência de alumínio para a comida.
    Sabendo que existe uma camada protetora, não é recomendável arear ou lavar com a parte áspera da esponja a parte interna de panelas de alumínio, pois isso pode quebrar esta proteção, deixando assim o alumínio exposto. Caso isto tenha ocorrido, ferva água por alguns minutos, retire a água e sem secar a panela, aqueça até que fique totalmente seca.

Toxicidade

    O alumínio é o único elemento abundante que não possui função biológica vital para nenhum sistema biológico, isto é um fato muito estranho em um ponto de vista evolutivo, já que a natureza normalmente escolhe os elementos mais abundantes como vitais para sistemas biológicos. “Nós não temos nenhuma evidência de que algum organismo use ativamente alumínio para qualquer propósito benéfico”, comenta o professor em química bioinorgânica e especialista em Ecotoxicologia do alumínio, Christopher Exley, da Universidade Keele, no Reino Unido.
   O ser humano está exposto ao alumínio diariamente, por ser um metal presente naturalmente na natureza. As pessoas ingerem e entram em contato direto com o alumínio através de produtos, como aditivos de alimentos, cosméticos, vacinas, água potável, alimentos em geral, embalagens que conservam ou preparam alimentos, entre outros.
  O órgão de Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA), a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) e a associação Europeia de Alumínio (European Aluminium) alegam que o alumínio não apresenta toxicidade para pessoas saudáveis, já que o alumínio apresenta baixa absorção intestinal - uma pequena parte que é absorvida entra no sistema circulatório, que será posteriormente eliminada via sistema renal. Entretanto pessoas que apresentamfunção renal enfraquecida ou insuficiência renal crônica e bebês prematuros acumulam o alumínio em seu organismo, principalmente no tecido ósseo, onde ele faz "trocas" com o cálcio, causando osteodistrofia e no tecido cerebral causandoencefalopatia. O FDA classifica os sais de alumínio presentes em comidas e vacinas, como "geralmente reconhecido como seguro (GRAS)". Em algumas vacinas, o FDA considera sais de alumínio como aditivos potencializadores dos efeitos desejados.
       Muitos estudiosos e cientistas não concordam com estas afirmações e tentam provar a ligação direta do alumínio com diversas reações e doenças. Apesar de até hoje não existir uma comprovação direta, existem muitas evidências que relacionam o alumínio com diversas alergias, câncer de mama e até o alzheimer. Estudos mostram que a presença de alumínio é muito maior do que o normal nesses casos (o normal seria não ter alumínio), porém nenhum estudo comprovou que o alumínio está diretamente relacionado com o surgimento dessas doenças, ou se os níveis elevados de alumínio nesses pacientes são uma consequência da doença.

Hortas comunitárias são alternativas para evitar epidemias de dengue

Hortas comunitárias são alternativas para evitar epidemias de dengue

Além de promover a limpeza do terreno, uma horta comunitária ajuda a produzir alimentos saudáveis e frescos.
Hortas comunitárias são alternativas para evitar epidemias de dengue

      O calor e as chuvas de verão tornam a temporada ideal para a proliferação de mosquitos transmissores de doenças. Por isso, é essencial ter cuidado para evitar o acúmulo de água parada. Um dos grandes desafios é controlar e impedir o depósito de lixo em terrenos abandonados ou desabitados. Para resolver este problema, um grupo da cidade de Inhuma, em Goiás, decidiu transformar esses espaços em hortas comunitárias.
       A ideia tem inúmeros benefícios. Além de promover a limpeza do terreno, com a retirada de resíduos que podem servir como criadouro para o Aedes aegypti, uma horta comunitária ajuda a produzir alimentos saudáveis e frescos, a promover a socialização entre vizinhos e até a valorizar a região.
       Para transformar um terreno abandonado em uma horta, no entanto, é preciso ter autorização. Em caso de propriedades privadas, o dono do espaço pode fazer a liberação. Nos espaços públicos é preciso conseguir a aprovação das autoridades municipais. Neste caso, o primeiro passo é contatar a subprefeitura da região para apresentar a ideia e pleitar uma liberação.
      Em entrevista ao G1, a idealizadora do projeto em Inhuma, Mariza Garcia, explicou que a quantidade de pessoas interessadas em transformar terrenos vazios em hortas cresce a cada dia. Para que os projetos tenham sucesso, no entanto, é preciso mais do que boa vontade, o comprometimento é essencial. Por isso, os vizinhos também acabam sendo envolvidos nos trabalhos, que tendem a beneficiar a todos.
      Apenas na pequena cidade goiana, 80 terrenos que antes promoviam a proliferação de doenças como dengue e zika foram transformados. Mariza explica que o objetivo é chegar a, pelo menos, 150.

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