O X do século XXI - 10 minutos com Philip Wollen, ex vice-presidente do Citibank

A verdade que nenhum ambientalista pode deixar de mostrar:
Como a indústria da morte e crueldade dos animais está devastando o planeta, arruinando as espécies, adoecendo e matando de fome a humanidade em proporções gigantescas.

domingo, 2 de setembro de 2012

Entenda a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário


Você sabia que mais da metade dos municípios brasileiros não dão destino adequado aos resíduos sólidos urbanos? De acordo com estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos (ABRELPE), das quase 62 milhões de toneladas de lixo geradas em 2011, mais de 23 milhões de toneladas seguiram para lixões e aterros controlados. Já as outras 6,4 milhões sequer foram coletadas – quantidade que encheria 45 estádios do Maracanã.
Aterro Sanitário de Goiânia (GO). Foto: Instituto Brookfield
A partir de hoje, abordaremos, com mais frequência, o tema do destino do lixo que produzimos. Pegamos carona com o Projeto Ambientes Saudáveis, que aborda esse assunto sobre “resíduos”, e gostaríamos de perguntar: Você sabe a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário? Confira.
Lixão
Há diversas formas de tratar o lixo, a mais usada é justamente a pior: os lixões. Eles são depósitos de lixo a céu aberto, popularmente conhecidos como vazadouros, lixeiras ou lixões. Ele é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Neste local, não há sistema de tratamento de efluentes líquidos – o chorume (líquido que escorre do lixo, fruto da decomposição da matéria orgânica). Em consequência disso, este líquido penetra pela terra, com substâncias contaminantes para o solo e para o lençol freático.
Com o passar do tempo, o lixo atrai insetos e ratos, aumentando o risco de contaminação, principalmente para aqueles que costumam trabalhar nesses espaços. Muitas crianças, adolescentes e adultos costumam tirar seu sustento a partir desses lixões, catando comida e materiais recicláveis para vender. No lixão, os resíduos ficam expostos sem nenhum procedimento que evite suas consequências ambientais e sociais negativas.
Aterro controlado
Com o objetivo de amenizar os depósitos a céu aberto, foram criados os aterros controlados, uma categoria intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente, ele é uma célula próxima ao lixão, que foi remediada, ou seja, que recebeu cobertura de grama e argila.
De acordo com a Recicloteca, a nomenclatura mais adequada seria “lixão controlado”. Nesta situação, há uma contenção do lixo que, depois de lançado no depósito, é coberto por uma camada de terra. Este sistema minimiza o mau cheiro e o impacto visual, além de evitar a proliferação de insetos e animais. Porém, não há impermeabilização de base (o que evitaria que o material contamine o solo e o lençol d’água), nem sistema de tratamento do chorume ou do biogás.
Aterro sanitário
O aterro sanitário é a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos. O diferencial dele é a responsabilidade com que se trata o lixo a ser armazenado no local. Tudo é pensado, preparado e operado de maneira racional para evitar danos à saúde pública e ao meio ambiente – desde a escolha da área até a preparação do terreno, operação, determinação de vida útil e recuperação da área após o seu encerramento. Trata-se de um projeto arrojado de engenharia.
Antes de iniciar a disposição do lixo, o terreno é preparado com a impermeabilização do solo e o selamento da base com argila e mantas de PVC. Com esse processo, o lençol freático e o solo não são contaminados pelo chorume.
Chorume coletado no Aterro Sanitário de Goiânia (GO). Foto: Instituto Brookfield
Há, também, um sistema de captação desse líquido para posterior tratamento – ele é coletado por meio de drenos, encaminhado para o poço de acumulação, de onde, nos seis primeiros meses de operação, é recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Após esses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado é encaminhado para a estação de tratamento de efluentes.
O aterro sanitário também prevê a cobertura diária do lixo, evitando a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.
Nesse sistema de disposição dos resíduos sólidos, não há catadores em atividade no terreno e a quantidade de resíduos que entra é controlada. Os aterros sanitários também contam com um sistema de captação e armazenamento ou queima do gás metano, resultante da decomposição da matéria orgânica.
Ao final da vida útil do aterro sanitário, a empresa que o opera é responsável por efetuar um plano de recuperação do terreno.
Fontes: Recicloteca e lixo.com.br
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