O X do século XXI - 10 minutos com Philip Wollen, ex vice-presidente do Citibank

A verdade que nenhum ambientalista pode deixar de mostrar:
Como a indústria da morte e crueldade dos animais está devastando o planeta, arruinando as espécies, adoecendo e matando de fome a humanidade em proporções gigantescas.

domingo, 26 de maio de 2013

Cientistas divulgam lista de '10 mais' das espécies descobertas em 2012

Cientistas divulgam lista de '10 mais' das espécies descobertas em 2012

Macaco loiro, barata fluorescente e menor vertebrado são destaques.
Relação chama a atenção para a biodiversidade do planeta.


Espécies que foram descobertas por cientistas em 2012 (Foto: Composição/Jacob Sahertian)
Espécies que foram descobertas por cientistas em 2012 (Foto: Composição/Jacob Sahertian)
       Cientistas anunciaram nesta semana uma lista contendo as dez principais descobertas de espécies ocorridas em 2012. A relação, definida por especialistas do Instituto Internacional da Exploração de Espécies, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, traz seres que chamam a atenção porque são diferentes do que estamos acostumados a ver.

          Desta vez, os cientistas consideraram importantes descobertas como a do “macaco-loiro”, encontrado no Congo, a barata que brilha no escuro (e que lembra um personagem da série “Star Wars”), achada na região do Equador, e a esponja em formato de harpa, encontrada no litoral dos Estados Unidos.

          O objetivo da iniciativa é destacar a importância da biodiversidade das espécies do planeta. As dez principais espécies foram escolhidas de uma lista de 140. Saiba quais são:
Macaco loiro
          
         Esta nova espécie de 'macaco loiro' é tímida, tem corpo esguio e é herbívoro, segundo cientistas. Ele foi identificado na floresta da República Democrática do Congo e ganhou o nome de Cercopithecus lomamiensis.


 Nova espécie de macaco 'loiro' é descoberta na África. O 'Cercopithecus lomamiensis' é tímido, herbívoro e tem corpo magro, anda em grupo e é encontrado em floresta do Congo. (Foto: Reprodução/PLoS One)
Nova espécie de macaco 'loiro' é descoberta na África. O 'Cercopithecus lomamiensis' é tímido, herbívoro e tem corpo magro, anda em grupo e é encontrado em floresta do Congo. (Foto: Reprodução/PLoS One)
Barata luminosa
         
               A espécie rara de barata que brilha no escuro foi descoberta na América do Sul por cientistas europeus. Eles estudavam a bioluminescência, capacidade dos animais de produzir luz, quando identificaram o animal.  A barata Lucihormetica luckae foi encontrada na encosta de um vulcão no Equador.

          O animal bioluminescente gera luz em três áreas de sua cabeça: em dois pontos maiores, que dão a aparência de serem olhos, e um ponto bem pequeno no lado direito da cabeça. O inseto lembra os jawa, pequenas criaturas roedoras do universo fictício da série de filmes "Star Wars".
 Uma espécie rara de barata que brilha no escuro foi descoberta no Equador por cientistas europeus. Eles estudavam a bioluminescência, capacidade dos animais de produzir luz, quando identificaram a Lucihormetica luckae na encosta de um vulcão. (Foto: Peter Vršanský/Naturwissenschaften/Divulgação)
Uma espécie rara de barata que brilha no escuro foi descoberta no Equador por cientistas europeus. Eles estudavam a bioluminescência, capacidade dos animais de produzir luz, quando identificaram a Lucihormetica luckae na encosta de um vulcão. (Foto: Peter Vršanský/Naturwissenschaften/Divulgação)
Esponja-harpa
         Uma nova espécie de esponja (Chondrocladia lyra) foi encontrada no fundo do oceano, a cerca de 3,5 mil metros de profundidade. Com hábitos carnívoros e formato incomum, ela recebeu o nome de "esponja-harpa" porque lembra o instrumento musical.
          Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey, nos Estados Unidos, usaram dois robôs operados remotamente para encontrar a espécie, avistada na costa da Califórnia.
          Estas esponjas são predadoras do fundo do mar, disseram cientistas ao site do instituto de pesquisa. Elas capturam pequenos animais, como camarões, peixes e outros crustáceos, que passam pelos "ramos" da esponja levados pelas correntezas oceânicas.
'Esponja-harpa' é avistada no fundo do mar próximo aos EUA (Foto: Reprodução/Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey)'Esponja-harpa' é avistada no fundo do mar próximo aos EUA (Foto: Reprodução/Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey)
Menor dos vertebrados

                Com apenas 7,7 milímetros, uma pequena rã da família Paedophryne procedente de Papua-Nova Guiné foi proclamada o menor vertebrado do mundo.

        Pesquisadores da Universidade Estadual da Louisiana (EUA) fizeram esta descoberta durante uma expedição de três meses à ilha de Nova Guiné, um dos maiores centros de biodiversidade tropical do mundo.
Menor rã do mundo é mostrada em cima de uma moeda (Foto: Christopher Austin / AFP Photo)Menor rã do mundo é mostrada em cima de uma moeda (Foto: Christopher Austin / AFP Photo)
Borboleta da Malásia

       A nova espécie de borboleta (Semachrysa jade) foi fotografada na Malásia. No entanto, sua descrição só ocorreu porque um entomologista encontrou a imagem em uma rede social e a enviou para o Museu História Natural de Londres. Os cientistas concluíram que se tratava de uma nova espécie
A borboleta Semachrysa jade, fotografada na Malásia, mas descrita após a imagem ter sido visualizada na internet (Foto: Divulgação/ZooKeys)A borboleta Semachrysa jade, fotografada na Malásia, mas descrita após a imagem ter sido visualizada na internet (Foto: Divulgação/ZooKeys)
Fungo da Arte Paleolítica
         Cientistas detectaram em 2001 o surgimento de manchas pretas na parede de cavernas da França. As manchas eram tão fortes, que cientistas começaram a se preocupar com uma possível deterioração de pinturas rupestres. A partir disso, conseguiram verificar a presença de um novo tipo de fungo: Ochroconis anomala


Arbusto em extinção
       A nova espécie de arbusto (Eugenia petrikensis) foi descrita na região de Madagascar e já foi considerada ameaçada de extinção. Ela era predominante em uma região de faixa contínua, de 1.600 km de comprimento, localizada no litoral de Madagascar. No entanto, o desmatamento causado pelo homem reduziu seu habitat.

Inseto do período Jurássico
             
         O fóssil de uma nova espécie de inseto que viveu na Terra há 165 milhões de anos foi encontrado na China por cientistas. Descrito como Juracimbrophlebia ginkgofolia, o fóssil estava preservado junto a folhas de árvores.


Violeta do Peru
          Cientistas descreveram uma nova espécie de violeta, considerada uma das menores do mundo, encontrada na região da Cordilheira dos Andes, no Peru. Batizada de Viola lilliputana,homenagem à Ilha de Liliput, local fictício do romance "As Viagens de Gulliver", de Jonathan Swift.


Comedora de caracóis
           Uma nova espécie de cobra foi encontrada no Panamá e tem como hábito alimentar a ingestão de caracóis, lesmas, ovos de anfíbios e minhocas. O animal foi encontrado em uma região onde as atividades mineradoras são intensas e degradam seu habitat. Tanto que os cientistas, ao darem o nome científico à espécie, fizeram um protesto "embutido". A cobra se chamaSibon noalamina -- no a la mina, em espanhol, quer dizer em português "não à mina".


domingo, 21 de abril de 2013

Série de fotografias sobre o Norte de Minas recebe importante premiação


Série de fotografias sobre o Norte de Minas recebe importante premiação


Pedro David apresentou o ensaio 'Sufocamento' e ganhou R$114 mil da Fundação Conrado Wessel, a premiação mais alta do país


Divirta-se - Estado de MinasPublicação:01/04/2013 19:34Atualização:02/04/2013 07:57

Fotografia da série  'Sufocamento', que rendeu a Pedro David o primeiro lugar no Prêmio FCW De Arte 2012 (Pedro David)Fotografia da série 'Sufocamento', que rendeu a Pedro David o primeiro lugar no Prêmio FCW De Arte 2012

         Entre 450 fotógrafos, um mineiro de Santos Dumont, residente em Belo Horizonte, se destacou. Pedro David venceu um dos mais importantes concurso de fotografia do país, o Prêmio Conrado Wessel de Arte, na categoria Ensaio Fotográfico. O projeto 'Sufocamento', rendeu ao artista o prêmio de R$114 mil. O resultado oficial foi anunciado domingo, 31, no site da Fundação.
        Em 2002, quando ainda se formava como fotógrafo pela Escola Guignard - UEMG, Pedro começou a viajar pelo Norte de Minas Gerais, observando o constante crescimento as plantações de eucaliptos para fins siderúrgicos na região. “Hoje em dia o cerrado é repleto de eucalipto e a vegetação nativa é devastada, ou sufocada. Outras espécies não conseguem se desenvolver num campo de eucalipto por uma série de fatores”, relata. Ao se deparar com árvores típicas do cerrado, como o piquizeiro e sucupira, em meio às plantações, o artista encontrou a oportunidade de expressar aquilo que sentia em relação a silvicultura no estado. Deste olhar, nasceu em 2012 as dez fotografias que compõem 'Sufocamento', ensaio vencedor da 11º edição do Prêmio.
       A Fundação Conrado Wessel oferece a premiação mais valiosa do país, atraindo centenas de nomes importantes da fotografia nacional. Pedro, que participa desde a primeira edição e já foi finalista por quatro vezes, ressalta a motivação gerada pelo prêmio especialmente na área de fotografia artística. “Para mim, que vivo profissionalmente de arte, é motivante para continuar participando e trabalhando com isso”, completa o fotógrafo vencedor. A segunda colocação foi para Mauro Restiffe, de São Paulo, com “Planos da Fuga”, e o terceiro lugar ficou para Bob Wolfenson, também paulista, com “Belvedere”.
        Esses dez anos de viagem pelo norte do estado rendeu a Pedro David dois livros de fotografia publicados sobre a região: o já premiado 'Paisagens Submersas' (2008) e o mais recente, 'Rota raiz' (2013), que está sendo lançado pela editora Tempo de Imagem.



Artista de 35 está lançando o livro de fotografias 'Rota raiz' (2013) (Pedro David/ Acervo pessoal)

Fonte: http://divirta-se.uai.com.br/app/noticia/arte-e-livros/2013/04/01/noticia_arte_e_livros,141417/fotografo-de-belo-horizonte-recebe-premiacao-mais-alta-do-brasil.shtml















quarta-feira, 10 de abril de 2013


Por que o Rio decidiu multar  

quem joga lixo no chão?


qua, 10/04/13 por andre trigueiro


         A partir do próximo mês de julho, aproximadamente 500 agentes públicos participarão de uma operação permanente – e inédita – nas ruas do Rio de Janeiro. Eles vão multar quem for flagrado jogando lixo no chão. E não importa o tamanho do resíduo.
         Para volumes pequenos, que tenham tamanho igual ou menor ao de uma lata de cerveja, a multa é de R$ 157. Para resíduos maiores que uma lata de cerveja e menores que um metro cúbico, o valor sobe para R$ 392. O que for descartado de forma inadequada com tamanho acima de um metro cúbico custará ao infrator R$ 980. Em caso de entulho, o valor sobre para R$ 3 mil.
     Depois de quase dois meses de consultas ao Departamento Jurídico da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) e à Procuradoria do Município, a Prefeitura chegou à conclusão de que a melhor maneira dessa nova regra “pegar”, ou seja, de a multa surtir o efeito desejado e constranger o cidadão a não jogar lixo no chão, era garantir que o valor estabelecido será pago e que o eventual não pagamento significará uma enorme dor de cabeça para o infrator.
        Vai funcionar assim: cada equipe de fiscais será composta por um guarda municipal, um policial militar e um agente de limpeza da Comlurb. Caberá ao guarda municipal levar consigo um computador de mão com acesso à internet, acoplado a uma impressora. Ao flagrar o lançamento irregular de lixo no chão, a equipe fará imediatamente a abordagem para obter o CPF do infrator. Basta o número do CPF para que a multa seja impressa na hora no local do flagrante. Se o cidadão se recusar a dar o CPF, será levado pelo policial militar até a delegacia mais próxima como já acontece com quem é flagrado fazendo xixi na rua.
      Quem for multado tem o direito de recorrer. Se ainda assim for considerado culpado e decidir não pagar a multa, terá o título protestado pela Prefeitura. Ou seja, ficará com o nome “sujo” na praça e poderá ter dificuldades para pedir empréstimos ou fazer compras a prazo.
        É possível que alguém considere exageradas estas medidas. Mas exagerado é o volume de lixo abandonado no lugar errado no Rio. Apenas no ano passado, foram recolhidas das ruas, praias, encostas e outros lugares onde não deveria haver lixo nenhum mais de 1,2 milhão de toneladas de resíduos. O equivalente a três Maracanãs repletos de lixo.
       A eventual falta de lixeiras por perto não deveria servir de desculpa, pois que em várias cidades do mundo elas também não são fáceis de encontrar (no Japão há cidades em que elas são raríssimas) e nem por isso há sujeira nas ruas. Nessas cidades, o cidadão reconhece a parte que lhe cabe em relação ao lixo que gera, e não se importa de transportar consigo o resíduo até que seja possível descartá-lo de forma segura.
     Apenas para dar um exemplo da situação limite a que o Rio chegou: na Avenida Rio Branco, uma das mais movimentadas da cidade, existem 100 cestas coletoras de cor abóbora, daquelas que chamam a atenção de longe. Ainda assim, são abandonados no chão 580 quilos de lixo por dia. Uma equipe de 16 garis é obrigada a varrer as calçadas da Rio Branco quatro vezes por dia.
      O mesmo acontece em outras importantes vias públicas da cidade como a Avenida Nossa Senhora de Copacabana (4 toneladas/dia), Rua Coronel Agostinho, em Campo Grande (1,5 tonelada /dia), Avenida Presidente Vargas (780 kg/dia) e Estrada do Portela (435 kg/dia).
      O que passa despercebido pela maioria das pessoas que jogam sem cerimônia seus resíduos no chão é que esse simples gesto tem um impacto importante sobre o orçamento do município. Apenas no ano passado, foram gastos R$ 600 milhões com toda a logística que envolve a limpeza das calçadas e a retirada de lixo das praias. Se fosse possível reduzir em apenas 15% o volume de lixo despejado no lugar errado, o dinheiro economizado seria suficiente para construir , segundo cálculos da própria Comlurb, 1.184 casas populares, 30 Clínicas da Família ou 22 creches modernas como são os espaços de desenvolvimento infantil (EDIS).
       Sem a colaboração cidadã de parte expressiva dos moradores da cidade, a Comlurb vem demandando cada vez mais recursos públicos. O orçamento de R$ 1,2 bilhão já é o quinto maior do município. Um absurdo, considerando que o crescimento dos gastos ocorre em grande parte por displicência de quem suja a cidade.
       E vem sujando cada vez mais.
      O ano de 2013 já começou com um novo recorde em sujeira nas praias. 768 toneladas de lixo foram recolhidas das areias, um aumento de 19% em relação ao ano passado. Depois veio o carnaval, e no embalo dos blocos, mais um recorde de sujeira. 1120 toneladas de lixo, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior. Para completar a situação, o Rio de Janeiro foi escolhido em fevereiro a nona cidade mais suja do mundo, numa lista de 40 dos mais importantes destinos turísticos do planeta. Vexame internacional.
      A aplicação de multas não resolve o problema, mas pode inibir bastante a recorrência deste lançamento indiscriminado de resíduos no lugar errado. Tal como aconteceu quando se decidiu aplicar multas mais salgadas nos motoristas que fossem flagrados sem o cinto de segurança, ou mais recentemente nos condutores embriagados, há um efeito didático poderoso quando o que está em jogo é o risco de prejuízo financeiro.
    Se o bolso continua sendo a parte mais sensível do ser humano, é por aí que se deve buscar a “consciência” do cidadão em favor de uma sociedade melhor e mais justa.


Se você quiser acompanhar a notícia na íntegra, é muito fácil, é só clicar nos seguintes links:
 


sexta-feira, 22 de março de 2013

ONU: dos 7 bilhões de habitantes do mundo, 6 bi têm celulares, mas 2,5 bi não têm banheiros


ONU: dos 7 bilhões de habitantes do mundo, 6 bi têm celulares, mas 2,5 bi não têm banheiros


Vivendo em meio a resíduos. Foto: IRIN/Manoocher Deghati
Vivendo em meio ao lixo. Foto: IRIN/Manoocher Deghati 


           O Vice-Secretário-Geral da ONU, Jan Eliasson, lançou um apelo nesta quinta-feira (21) para reverter a situação do planeta onde há mais celulares do que banheiros, e onde 2,5 bilhões de pessoas não tem saneamento básico. Eliasson pediu para que governos, empresas e organizações internacionais se mobilizem e realizem ações mensuráveis para aumentar rapidamente o acesso ao saneamento básico.
          O chamado para a ação, feito na véspera do Dia Mundial da Água, 22 de março, pretende centrar-se em ações que visem melhoria da higiene, mudança das normas sociais, melhor gestão de dejetos humanos e águas residuais, e, até 2025, eliminar completamente a prática da defecação a céu aberto, que perpetua o ciclo vicioso de doença e pobreza enraizada.
          Dentre a população mundial, de 7 bilhões de pessoas, 6 bilhões têm telefones celulares. No entanto, apenas 4,5 bilhões têm acesso a banheiros ou latrinas, o que significa que 2,5 bilhões de pessoas, principalmente em áreas rurais, não têm saneamento básico adequado. Além disso, 1,1 bilhão de pessoas ainda defecam a céu aberto.
         “Vamos enfrentar este problema que as pessoas não gostam de falar. Mas ele é diretamente ligado à saúde, a um ambiente limpo, à dignidade humana fundamental para bilhões de pessoas  e para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Faltam pouco mais de mil dias para chegar até o prazo dos ODM, e temos uma janela única de oportunidade para entregar uma mudança geracional”, disse Eliasson.
           Os países onde a defecação a céu aberto é amplamente praticada são os mesmos países com o maior número de mortes de crianças com menos de 5 anos, com altos níveis de subnutrição e de pobreza e com grandes disparidades de riqueza. ”Nós podemos reduzir para um terço os casos de diarreia em crianças menores de cinco anos simplesmente ampliando o acesso das comunidades ao saneamento e eliminando a defecação ao ar livre”, disse o Vice-Diretor Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Martin Mogwanja. “Na verdade, a diarreia é a segunda maior causa da morte de crianças menores de cinco anos no mundo em desenvolvimento e isso é causado em grande parte pelo saneamento pobre e higiene inadequada.”


segunda-feira, 18 de março de 2013

Enriquecer cobertura florestal pode manter qualidade da água


PROTEÇÃO NATURAL


Enriquecer cobertura florestal pode manter qualidade da água


Estudo aponta que presença de cobertura florestal e recuperação das florestas já existentes pode contribuir para a manutenção da qualidade de águas superficiais e também para aumentar sua proteção


                ukgardenphotos / Creative Commons
{txtalt}


        A presença de cobertura florestal é essencial para a manutenção da qualidade da água dos corpos d’água em regiões com atividade agrícola e pecuária. Ao mesmo tempo, a recuperação e o enriquecimento das florestas já existentes pode proporcionar uma resposta mais rápida para a proteção das águas superficiais. As constatações são de uma pesquisa da engenheira Carla Cristina Cassiano realizada no LCF - Departamento de Ciências Florestais da Esalq - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz USP, em Piracicaba.

      O estudo foi dividido em duas partes. A primeira buscou avaliar as condições da vegetação florestal na área de estudo e o seu potencial na prestação de serviços, e a segunda parte mensurou o efeito desta vegetação em parâmetros físico-químicos da água. "As unidades de estudo foram definidas na bacia do rio Corumbataí (interior de São Paulo), a partir do mapeamento do uso do solo do ano de 2000 pelo método de amostragem adaptativa, onde as unidades deveriam apresentar um mínimo de 70% de matriz e 10% de cobertura florestal", explica Carla. "Foram selecionadas seis unidades de 16 quilômetros quadrados (km2), três unidades com matriz de pasto e três unidades com matriz de cana-de-açúcar".

       Com as unidades definidas foram realizados os mapeamentos por fotointerpretação para cinco datas (1962, 1978,1995, 2000 e 2008) e, a partir disso, foi possível calcular as mudanças do uso do solo e índices para os fragmentos florestais que identificaram sua trajetória. "A pesquisa propôs uma metodologia para caracterizar o potencial de proteção dos recursos hídricos pelas florestas a partir da estrutura e dinâmica da paisagem, permitindo a diferenciação da vegetação florestal de acordo com o seu histórico, localização e características do terreno", aponta o professor Silvio Frosini de Barros Ferraz, que orientou a pesquisa.

      VEGETAÇÃO FLORESTAL :
        Segundo a autora do trabalho, os resultados mostraram que a vegetação florestal na área de estudo tem aumentado nos últimos anos, dando indícios ao inicio de uma fase de regeneração, conhecida como a segunda fase da transição florestal, porém apenas estudos futuros poderão confirmar essa análise. "No entanto, a paisagem apresentou uma baixa cobertura florestal, de aproximadamente 16% da área de estudo, com muitos fragmentos pequenos, geralmente próximos a cursos d’água de primeira ordem. Das florestas existentes, apenas um terço estaria exercendo seu potencial pleno de conservação das águas", conta.

      De acordo com o orientador do estudo, quando pensamos em aumentar a proteção dos recursos hídricos pela vegetação florestal é interessante se atentar para a recuperação dos fragmentos florestais já presentes na paisagem. "Muitas vezes é dada uma importância maior ao plantio de novas áreas, do que ao enriquecimento das já existentes. Plantios novos levarão mais tempo para se estabelecer e se desenvolver enquanto a recuperação dos fragmentos poderá apresentar uma resposta mais rápida para o aumento e a permanência dessa vegetação florestal na paisagem e consequentemente para oferta de serviços ecossistêmicos", conclui Ferraz.

        A conversão de florestas em usos antrópicos tende a reduzir a qualidade da água, devido ao aporte de nutrientes e sedimentos provenientes da movimentação e manejo do solo. "As florestas se apresentam como a melhor cobertura do solo para a manutenção da qualidade natural das águas superficiais, proporcionando serviços ecossistêmicos de regulação e provisão desse recurso", aponta Carla. Em contrapartida, segundo a pesquisadora, "a presença de vegetação florestal na área ripária pode reduzir esses efeitos, através da prestação de alguns serviços de proteção dos corpos d’água".

         Com o objetivo de detectar a influência da mata ciliar na composição físico-química da água em microbacias agrícolas, a engenheira florestal desenvolveu, no programa de Pós-graduação em Recursos Florestais da Esalq um trabalho de avaliação da cobertura florestal sua relação com os recursos hídricos. A proposta está inserida no projeto "Avaliação multi-escala de impactos ambientais em paisagem fragmentada agrícola" coordenado pela professora Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz, do LCF, que busca avaliar os impactos na fauna, na flora e na água resultantes da ocupação e uso do solo na área rural. O professor Silvio Frosini de Barros Ferraz, também do LCF, orientou a pesquisa, que teve apoio da Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo



















Uma em cada cinco espécies de répteis pode sumir


EXTINÇÃO

Uma em cada cinco espécies de répteis pode sumir


Estudo da Sociedade Zoológica de Londres indica que 19% das espécies de répteis do mundo correm risco de extinção





         Durante milênios, os répteis conseguiram viver sossegados nos mais variados habitats terrestres e marinhos do planeta. Não mais. Atualmente, uma em cada cinco espécies de répteis está ameaçada de extinção, segundo um levantamento inédito divulgado hoje pela ZSL - Sociedade Zoológica de Londres -, juntamente com a IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza.
            O estudo, publicado na revista Biological Conservation, é o primeiro de seu tipo a apresentar o estado de conservação de répteis em todo o mundo. Mais de 200 especialistas avaliaram o risco de extinção de 1.500 espécies de répteis, selecionados de forma aleatória.

            Segundo a análise, 19% dos répteis do mundo correm risco de extinção, como o lagarto de nariz saliente - Lyriocephalus scutatus -, da foto. Destas, 12% foram classificadas como espécies “criticamente ameaçadas”, enquanto 41% estão em “perigo” e outros 47% “vulneráveis”. O nível de ameaça permanece particularmente elevado nos trópicos, por causa da conversão do habitat para a agricultura e exploração madeireira.

         Outra revelação preocupante é de que o risco de extinção não está igualmente repartido no universo das espécies. Conforme o estudo, 30% do conjunto dos animais de água doce estão próximos da extinção. As tartarugas de água doce, por exemplo, correm um perigo especialmente elevado (50%), refletindo as altas ameaças que a biodiversidade marinha de água doce enfrenta como um todo.



Foto: Divulgação / IUCN







free counters

SOS Projeto Mucky


AOMA - CNPJ 03.788.097/001-37 - 2010