O X do século XXI - 10 minutos com Philip Wollen, ex vice-presidente do Citibank

A verdade que nenhum ambientalista pode deixar de mostrar:
Como a indústria da morte e crueldade dos animais está devastando o planeta, arruinando as espécies, adoecendo e matando de fome a humanidade em proporções gigantescas.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Projeto “Ecopedagogia": A Escola & Sustentabilidade

Projeto “Ecopedagogia": A Escola & Sustentabilidade - 

Formação Continuada de alunas(os) de Magistério em 

Educação Ambiental.



Iniciamos aqui a construção do "PORTFÓLIO" COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM E SUAS IMPLICAÇÕES PARA PRÁTICA DE ECOPEDAGOGIA, segue links:

Informo ainda, que neste período teremos atividade à Distância , onde estaremos fazendo contato e enviando material didático para atividade prática. Solicito que TODAS alunas(os) ENVIE O SEU E-mail de contato para inicio deste processo.

Segue e-mail da AOMA para que todas as alunas(os) do curso de Magistério - Polivalente possa enviar perguntas:
E-mail: aomasd@gmail.com

E mais! Confira artigos e outros materiais de ECOPEDAGOGIA encontrados na Superbusca da Educação: http://bit.ly/1Ml3jfw


sábado, 19 de setembro de 2015

Ecopedagogia, o novo conceito de educação

Ecopedagogia, o novo conceito de educação

           O termo é desconhecido para a maioria das pessoas e até confundido com a disciplina de educação ambiental. Contudo, ambas se complementam para a compreensão dos problemas sociais e ambientais que afligem a Terra, indo além do espaço escolar com abordagens  de planetaridade, educação para o futuro, cidadania planetária, virtualidade e pedagogia da terra.

    A ecopedagogia busca despertar nos cidadãos a consciência de que todos integram um mesmo ambiente e de que necessitando do mesmo para sobreviver devem, portanto, conviver de forma responsável e sustentável em uma permanente busca pela reeducação de hábitos e costumes.

        Luciana Fernandes, psicopedagoga com especialização em gestão ambiental, aponta a necessidade de se trabalhar esse conceito como uma revolução da área educacional. “A ecopedagogia traz a verdadeira reforma da humanidade, onde todos os seres deverão viver em plenitude uns com os outros e isso fere os princípios básicos”, declara.

      Luciana defende a inclusão da didática em todas as áreas de conteúdo e não apenas nas áreas humanas, bem como sua disseminação para as diversas séries educacionais, além da Educação Infantil, que já recebe a metodologia. Segundo ela, empresas e sociedade também devem partilhar da ecopedagogia. “Os professores, até mesmo, especialistas da área de ciências, demonstram equívoco ao dizer que, no currículo escolar, deveria ser implementada a disciplina de educação ambiental. Na verdade, sim, mas a ecopedagogia entra na questão humanística ao redor de todos os seres vivos e não apenas na preservação do planeta. Ela transcende esse modelo que ainda, nós professores, necessitamos. Trata-se de uma reforma íntima, porque só assim a humanidade conseguirá atingir a verdadeira cidadania planetária.”

        A fala da educadora é complementada pela opinião da pedagoga e escritora Luciana Ribeiro, que dedica-se a disseminar trabalhos voltados à educação financeira e ambiental por meio do site www.ecopedagogia.bio.br.

     Para ela, o movimento que propaga esse conceito poderia ser alavancado com o apoio  de políticas públicas e dos órgãos ambientais em uma atuação política, transversal, crítica, complementar e mais compromissada com a educação ambiental. “Essas perspectivas educacionais precisam tornar-se prioridade nas agendas dos governos e dos especialistas em educação, pois os problemas socioambientais (desmatamentos de áreas verdes, poluição causada pelos resíduos sólidos etc.) aumentaram assustadoramente. E mais do que nunca, as organizações governamentais e não-governamentais, as famílias e os cidadãos em geral, precisam unir forças para a implementação de projetos educativos voltados  à preservação do meio ambiente”, decreta.

Do verde à educação financeira

    Especialista no assunto, Luciana Ribeiro destaca algumas formas de ampliar as discussões sobre a ecopedagogia, a partir de projetos como os de coleta seletiva do lixo, horta escolar,  reflorestamento de áreas verdes e a disseminação do uso de bicicletas nas cidades.

     Ela ressalta a importância da inserção de tais iniciativas no Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas. “Elas devem ser implantadas pela equipe escolar, com o apoio do poder público, para pensar e agir a favor dos problemas locais, como, por exemplo, ações no combate ao mosquito da dengue.”

    Luciana ressalta ainda que é preciso a articulação de toda a sociedade na busca de soluções emergentes para a crise ambiental. Ela destaca também que o poder público tem o dever de fortalecer esse novo conceito por meio da capacitação de educadores e da própria população.

    A especialista esclarece também que a ecopedagogia não envolve apenas a questão ambiental, mas trata-se de um conceito mais amplo, onde figuram desde a sustentabilidade do planeta e até questões menos genéricas como o debate sobre a publicidade infantil, que estimula o consumismo e a obesidade infantil. “Proponho também a divulgação da educação financeira, que precisa ser disseminada para os educadores e para as famílias”, acrescenta.

Caravana pela vida
    Você já se imaginou sair por aí ajudando as pessoas e o meio ambiente? O que para muitos parece inviável, dada a correria do dia a dia, para a organização não-governamental Caravana Ecológica é um compromisso constante do qual participam cerca de 500 pessoas, profissionais das mais diferentes áreas.

   A iniciativa surgiu em 2004 a partir do projeto Escola Consciente (PEC), que tinha como objetivo promover atividades de educação ambiental visando o desenvolvimento sustentável da sociedade.

   A proposta da Caravana Ecológica se insere perfeitamente dentro do conceito da ecopedagogia. Presidente da Associação dos Gestores Ambientais do Brasil (Agabra), o coordenador regional do projeto, Davi Araújo Gonçalves, explica que as ações do projeto são imprescindíveis para a conscientização das pessoas. “Devemos preservar, conscientizar e valorizar o que já temos. Esse é o lema do nosso trabalho”, destaca.

  Além do Escola Consciente, o grupo realiza também caminhadas ecológicas periódicas e desenvolve o projeto Parque e Escola - Diversão que Educa (Pede). Uma das ações mais recentes foi uma caminhada monitorada dentro do Jardim Botânico, em Goiânia.

  Estudantes, professores e representantes da área ambiental debateram sobre a importância das unidades de conservação e da valorização dos parques públicos. Por reunir uma equipe de professores, médicos, fisioterapeutas, advogados, estudantes, policiais, bombeiros, biólogos e diversos outros profissionais, a Caravana Ecológica realiza um monitoramento socioambiental e socioeconômico das regiões que visita a fim de identificar as carências da população local.

    O município de Teresina de Goiás, entre Alto Paraíso e Cavalcante, na região Nordeste do estado, será a próxima cidade a receber o grupo.

Saiba mais
   O termo “ecopedagogia” surgiu em 1990 com Francisco Gutiérrez e se materializou através da Carta da Terra, elaborada na conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) em 1992, no Rio de Janeiro.

   A Fundação Paulo Freire foi responsável por abordar o assunto pela primeira vez no Brasil.  Entretanto, somente agora é que o conceito começa a ganhar destaque na sociedade e na imprensa, passando a ser visto não apenas como uma disciplina ou componente curricular, mas de forma interdisciplinar e transversal, tendo como prerrogativa a sustentabilidade.


A teoria na prática
  Com o propósito de desenvolver os conceitos da sustentabilidade ecopedagógica entre seus alunos, a Escola Municipal de Tempo Integral Zevera Andrea Vecci, no Conjunto Fabiana, em Goiânia, criou o projeto Escola Inteligente - Consumo Consciente, implantado há menos de um ano.  

    A  iniciativa, prevista no PPP (Projeto Político Pedagógico ) da escola, é trabalhada em parceria com a oscip Bioma Brasil e com o apoio do banco HSBC. O foco principal das ações é incentivar o consumo racional dentro e fora da escola.

   A diretora pedagógica Karla Niana Resende conta que desenvolver o projeto foi um grande desafio. Segundo ela, o ponto de partida foi um levantamento interno para identificar onde era possível fazer modificações com vistas à redução no consumo de água, energia elétrica, materiais didático e da secretaria, produtos de higiene, entre outros. “Dentro da escola, estamos todos voltados para a sustentabilidade”, garante.

    Para viabilizar o projeto, ela explica que são realizadas reuniões e palestras constantes com pais e alunos, onde são abordados temas como a importância dos recursos naturais e da reciclagem.

   O trabalho educativo é reforçado com a distribuição de cartilhas à população e elaboração de informativos, espalhados por toda a escola.

   Paralelamente ao projeto, a escola expande suas ações com dinâmicas específicas para cada série escolar. No 4° ano, por exemplo, os alunos agora trabalham com o tema “Meu Mundo, Seu Mundo, Nosso Planeta”.

   Questionados sobre a proposta, os alunos aprovaram a iniciativa. Mateus Henrique Ferreira Matos, 9 anos, diz que está “estudando o mundo para conservar”. Atrás da fala do colega, Weyknan Dias Cordeiro, 10, revela que, em casa, resolveu cultivar uma horta, similar à da escola, para incentivar seus pais a entrarem na campanha de preservação do planeta.

  A prova de que a escola realmente leva a sério o desenvolvimento sustentável pode ser vista também no parquinho de diversões, construído a partir de materiais recicláveis. A diretora ressalta ainda o aspecto financeiro. “Não gastamos nenhum centavo para criar todo esse espaço de lazer”, conclui.

Brasil é o país que mais consome veneno agrícola

Brasil é o país que mais consome veneno agrícola


Consumimos mais de 5kg de agrotóxicos por ano, de acordo com Instituto Nacional de Câncer. Confira as consequências desse consumo e como fugir dos venenos














       De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de países que utilizam agrotóxicos. Já ultrapassamos a marca de 1 milhão de toneladas por ano, mais de 5 kg de veneno agrícola por pessoa! As consequências disso, segundo o Inca, são infertilidade, impotência, abortos, hormônios desregulados, baixa imunidade e até câncer. O órgão publicou um documento oficial pedindo a redução do uso desse tipo de produto.

   Segundo pesquisa da Anvisa, a abobrinha é a campeã em agrotóxicos: 48% das analisadas foram consideradas perigosas para a saúde. Em seguida, estão a alface, o tomate e a uva.

      Apesar disso, o Inca recomenda que os brasileiros não reduzam o consumo de frutas, verduras e legumes, já que uma dieta saudável é fundamental para a prevenção de várias doenças, inclusive o câncer.

      Para fugir dos venenos, o ideal é recorrer aos alimentos orgânicos. No entanto, eles costumam ser mais caros. O que ajuda um pouco é lavar bem os não orgânicos emágua corrente. "Isso remove parte do agrotóxico da casca, apesar de não retirar o que já foi absorvido. E deixar os vegetais de molho no bicarbonato não resolve", diz Carla Beatriz de Souza, nutricionista e responsável técnica do laboratório de nutrição da Unesp.









Educação: não basta ter acesso, é preciso ser de qualidade

Educação: não basta ter acesso, é preciso ser de qualidade


Países que investem na melhoria da performance de seus alunos garantem o desenvolvimento sustentável da sociedade e a capacidade inovadora da economia no futuro. A constatação faz parte do estudo internacional ″Universal Basic Skills - What Countries Stand to Gain″, divulgado durante o Fórum Mundial da Educação, na Coreia do Sul, na semana passada. Apesar de o Brasil aparecer somente em 66º lugar em ranking de 76 países, ele é citado com destaque



        
       A cada três anos, jovens estudantes de 15 anos de cerca de 70 países participam do Programme for International Student Assessment - PISA. O exame, elaborado pela área de Educação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) engloba questões de ciências, leitura e matemática. 

    Entretanto, a avaliação não analisa somente se os alunos compreenderam o conteúdo ensinado em sala de aula, mas se conseguem utilizá-lo de forma criativa e crítica.

      O resultado do PISA de 2012 é a base de um estudo detalhado - Universal Basic Skills - What Countries Stand to Gain, elaborado pela OCDE Educação, juntamente com o Banco Mundial, e que foi apresentado durante o Fórum Mundial de Educação, que aconteceu na Coreia do Sul, entre 19 e 22/05. 

      Na última década, os estudantes brasileiros mostraram uma significativa melhora em seus resultados no PISA. Desde 2003, a nota em matemática tem subido cerca de 4,1 pontos anualmente. Há 12 anos, a média era de 356 pontos na prova e em 2012 foi de 391. Os alunos de Shangai, na China, foram os que obtiveram as notas mais altas: 613*. Abaixo deles aparecem os jovens de Singapura, Hong Kong, Coreia, Japão, Taipei e Finlândia. 

      Distante dos excelentes resultados das escolas asiáticas, as da América Latina ainda precisam galgar mais posições. Chile e Uruguai conseguiram se sair melhor que Brasil, mas Argentina, Peru e Colômbia amargam um resultado ainda pior.

       Apesar do 66º lugar do país no ranking internacional, o estudo da OCDE elogia os esforços do governo brasileiro (tanto sob a administração de Fernando Henrique Cardoso, como de Luiz Inácio da Silva) em investir tanto na capacitação como remuneração de professores; tornar obrigatório o ingresso das crianças mais cedo na escola e o estímulo ao ensino em horário integral (o que ainda está longe de ser uma realidade por aqui). Os especialistas lamentam, todavia, o ainda alto índice de evasão escolar, provocado principalmente, pela repetência.

     Mas além de avaliar resultados e notas, o que Universal Basic Skills - What Countries Stand to Gain tem de mais importante é mostrar como a promoção da educação está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico e social de uma nação. Cada centavo gasto para melhorar a qualidade do ensino na sala de aula - não basta aumentar o acesso ou sair construíndo escolas país afora - terá reflexo no crescimento do PIB (produto internto bruto) do país a longo prazo. E o estudo quantifica isto em números. 

     Os autores Eric Hanushek, da Universidade de Stanford, e Ludger Woessmann, professor de economia da Universidade de Munique, afirmam que países como Gana, por exemplo, que aparece em último lugar no ranking dos estudantes avaliados (nota 291 no PISA), se atingissem o nível básico de educação requerido, conseguiriam triplicar seu PIB a cada quatro anos, à medida que seus alunos cumprissem as próximas etapas curriculares. 

       O ganho deste investimento na melhoria da performance das escolas não acontece somente nas nações mais pobres. Se nos países ricos, justamente os que pertencem ao grupo da OECD, os estudantes obtivessem melhores notas no PISA, o PIB destas economias cresceria 3,5%. 


      Há ainda um outro diagnóstico surpreendente evidenciado pela pesquisa.
        
     Crescimento econômico e desenvolvimento social têm relação direta com população mais capacitada e inovadora, graças à melhor formação educacional, entretatno, países com grande poder aquisito não possuem necessariamente estudantes mais brilhantes na sala de aula. 

    É o exemplo dos Estados Unidos. 24% dos jovens que participaram do PISA não completaram o nível básico 1 do teste da OECD Educação. Hanushek e Woessmann projetam que, se estes alunos aprimorassem sua performance, a economia americana ganharia US$ 27 trilhões no período de vida produtiva dos mesmos. 

     O Oriente Médio, com suas reservas milionárias de petróleo, também comprova a tese que dinheiro não é sinônimo de boas notas. Arábia Saudita, Oman e Catar foram classificados depois do Brasil na avaliação. De acordo com o relatório, países comrecursos naturais em abundância precisam descobrir que a riqueza que se encontra escondida na capacitação de suas populações é muito superior àquela extraída do solo.

     A interpretação dos autores de Universal Basic Skills - What Countries Stand to Gain é que nações pobres em recursos naturais, como Japão, Finlândia e Singapura, valorizam muito mais o saber porque sua população já entendeu que, através doconhecimento e de suas habilidades, conseguirá prosperar e alcançar o desenvolvimento econômico e social sustentáveis. Para tal, estes governos possuem a mais clara consciência que, sem priorizar qualidade de ensino, não obterão tais conquistas.

     Entre as principais lições retiradas do desempenho dos jovens do PISA é que a escola deve acreditar e lutar pelo sucesso de todos seus alunos. Sem exceção. Crianças com notas baixas em algumas matérias podem ter talentos desconhecidos e estes necessitam ser estimulados. Segundo aprendizado: não existe educação de qualidade se não houver reconhecimento do professor. Docentes precisam ser incentivados constantemente e receber todo apoio para se aperfeiçoar profissionalmente.

       Por último, mas não menos importante, é trabalhar o ambiente escolar de maneira criativa. A inovação deve estar presente nos processos pedagógicos e a tecnologia na sala de aula. Se no passado, obediência e normatização guiavam as melhores escolas, hoje as instituições de ensino que mais briham são aquelas que estimulam ainventividade.

       Investimento em educação é algo que traz retorno a longo prazo. A estimativa é que jovens que estão sendo formados hoje levem aproximadamente 40 anos para substituir os profissionais do mercado de trabalho atual. Quatro décadas pode parecer muito tempo, mas certamente o ganho para uma nação que reconhece a relevância do saber é imensurável. 


      *Houve grande polêmica com o resultado do PIVA 2012 em que Shangai, na China, aparece em primeiro lugar no ranking dos países avaliados. Segundo especialistas da área de educação, o número de alunos de 15 anos de Shangai incluídos no teste foi inferior ao de outros lugares. Por isso mesmo, em algumas listas Shangai figura como número 1, mas em outras, Singapura está em primeiro


.

América Latina tem potencial maior de expansão da bioenergia, diz relatório

América Latina tem potencial maior de expansão da bioenergia, diz relatório


Resultado do trabalho de 137 especialistas de 24 países e coordenado por pesquisadores de programas FAPESP, estudo deverá subsidiar políticas do governo paulista


     A bioenergia pode chegar a prover um quarto da energia mundial até 2050, reduzindo poluentes e a emissão de gases do efeito estufa e promovendo desenvolvimento sustentável, entre outros benefícios econômicos e sociais.


    O conhecimento científico e tecnológico pelo qual esses potenciais podem ser desenvolvidos foi compilado no relatório internacional Bioenergy & Sustainability: bridging the gaps, uma iniciativa da FAPESP com o Comitê Científico para Problemas do Ambiente (Scope, na sigla em inglês), agência intergovernamental associada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).


     Lançado na FAPESP na terça-feira, 14/04, durante mesa-redonda sobre Bioenergia e Sustentabilidade, o relatório deverá ser utilizado para subsidiar políticas do governo do Estado de São Paulo para o setor, disse Arnaldo Jardim, secretário estadual de Agricultura e Abastecimento.


     “Esse trabalho representa o estado da arte da bioenergia, uma fronteira muito cara a São Paulo. O governador Geraldo Alckmin tem tratado o tema como de extrema importância para o futuro da agricultura, setor fundamental para o desenvolvimento econômico do estado. Todo esse conhecimento compilado precisa ser incorporado a políticas públicas e utilizado para orientar iniciativas privadas de empreendedorismo, colocando-se como referência para a cidadania ambiental de que precisamos”, declarou Jardim à Agência FAPESP.


     A publicação é resultado do trabalho de 137 especialistas de 24 países, recrutados em 82 instituições e coordenados por pesquisadores dos programas FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA) e Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).


     Para saber mais, leia a reportagem no site da Agência Fapesp


40% dos adultos no mundo são ″analfabetos climáticos″

40% dos adultos no mundo são ″analfabetos climáticos″

     
      A mudança climática é uma ameaça para a humanidade e os ecossistemas naturais, mas um estudo recente publicado na revista Nature Climate Change revela que a consciência pública sobre o problema não é geral. Nada menos do que 40% dos adultos do mundo nunca ouviram falar de mudanças climáticas, segundo a pesquisa.


      O contraste na percepção entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento é outro dado que impressiona: na América do Norte, Europa e Japão, mais de 90% do público está ciente da mudança climática, ao passo que em muitos países em desenvolvimento, relativamente poucos estão cientes do problema. No Egito, Bangladesh e Índia, o "analfabetismo climático" chega a atingir 65% da população adulta.


           A equipe de pesquisadores também constatou que o nível de educação tende a ser o fator que mais predispõe uma pessoa a desenvolver consciência sobre a mudança climática. No entanto, há diferenças acentuadas entre os países.


      Nos Estados Unidos, os preditores chave são o engajamento cívico, acesso à comunicação e educação. Além disso, as opiniões dos americanos também são fortemente afetadas pela política partidária. Mas há poucos dados globais sobre a ideologia política e seu efeito sobre a visão da mudança climática, disseram os pesquisadores.


      Enquanto isso, na China, a consciência sobre o problema está mais associada à educação, a proximidade de áreas urbanas e renda familiar. Em geral, observam os pesquisadores, as pessoas na maioria dos países em desenvolvimento percebem as alterações climáticas como uma ameaça muito maior do que as pessoas nos países desenvolvidos.


   A pesquisa destaca, ainda, que "melhorar a educação básica, a alfabetização climática e a compreensão do público sobre as dimensões locais da mudança climática são vitais para a participação e apoio social às ações de combate às mudanças climáticas".


     Mais do que falar sobre os riscos mundiais, para sensibilizar a opinião pública é preciso destacar os riscos que as mudanças climáticas representam para um país e até mesmo para as cidades.


    Para realizar este estudo, os pesquisadores utilizaram dados de uma pesquisa da Gallup World Poll, com 119 países, feita entre 2007 a 2008.

free counters

SOS Projeto Mucky


AOMA - CNPJ 03.788.097/001-37 - 2010