O X do século XXI - 10 minutos com Philip Wollen, ex vice-presidente do Citibank

A verdade que nenhum ambientalista pode deixar de mostrar:
Como a indústria da morte e crueldade dos animais está devastando o planeta, arruinando as espécies, adoecendo e matando de fome a humanidade em proporções gigantescas.

sexta-feira, 22 de março de 2013

ONU: dos 7 bilhões de habitantes do mundo, 6 bi têm celulares, mas 2,5 bi não têm banheiros


ONU: dos 7 bilhões de habitantes do mundo, 6 bi têm celulares, mas 2,5 bi não têm banheiros


Vivendo em meio a resíduos. Foto: IRIN/Manoocher Deghati
Vivendo em meio ao lixo. Foto: IRIN/Manoocher Deghati 


           O Vice-Secretário-Geral da ONU, Jan Eliasson, lançou um apelo nesta quinta-feira (21) para reverter a situação do planeta onde há mais celulares do que banheiros, e onde 2,5 bilhões de pessoas não tem saneamento básico. Eliasson pediu para que governos, empresas e organizações internacionais se mobilizem e realizem ações mensuráveis para aumentar rapidamente o acesso ao saneamento básico.
          O chamado para a ação, feito na véspera do Dia Mundial da Água, 22 de março, pretende centrar-se em ações que visem melhoria da higiene, mudança das normas sociais, melhor gestão de dejetos humanos e águas residuais, e, até 2025, eliminar completamente a prática da defecação a céu aberto, que perpetua o ciclo vicioso de doença e pobreza enraizada.
          Dentre a população mundial, de 7 bilhões de pessoas, 6 bilhões têm telefones celulares. No entanto, apenas 4,5 bilhões têm acesso a banheiros ou latrinas, o que significa que 2,5 bilhões de pessoas, principalmente em áreas rurais, não têm saneamento básico adequado. Além disso, 1,1 bilhão de pessoas ainda defecam a céu aberto.
         “Vamos enfrentar este problema que as pessoas não gostam de falar. Mas ele é diretamente ligado à saúde, a um ambiente limpo, à dignidade humana fundamental para bilhões de pessoas  e para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Faltam pouco mais de mil dias para chegar até o prazo dos ODM, e temos uma janela única de oportunidade para entregar uma mudança geracional”, disse Eliasson.
           Os países onde a defecação a céu aberto é amplamente praticada são os mesmos países com o maior número de mortes de crianças com menos de 5 anos, com altos níveis de subnutrição e de pobreza e com grandes disparidades de riqueza. ”Nós podemos reduzir para um terço os casos de diarreia em crianças menores de cinco anos simplesmente ampliando o acesso das comunidades ao saneamento e eliminando a defecação ao ar livre”, disse o Vice-Diretor Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Martin Mogwanja. “Na verdade, a diarreia é a segunda maior causa da morte de crianças menores de cinco anos no mundo em desenvolvimento e isso é causado em grande parte pelo saneamento pobre e higiene inadequada.”


segunda-feira, 18 de março de 2013

Enriquecer cobertura florestal pode manter qualidade da água


PROTEÇÃO NATURAL


Enriquecer cobertura florestal pode manter qualidade da água


Estudo aponta que presença de cobertura florestal e recuperação das florestas já existentes pode contribuir para a manutenção da qualidade de águas superficiais e também para aumentar sua proteção


                ukgardenphotos / Creative Commons
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        A presença de cobertura florestal é essencial para a manutenção da qualidade da água dos corpos d’água em regiões com atividade agrícola e pecuária. Ao mesmo tempo, a recuperação e o enriquecimento das florestas já existentes pode proporcionar uma resposta mais rápida para a proteção das águas superficiais. As constatações são de uma pesquisa da engenheira Carla Cristina Cassiano realizada no LCF - Departamento de Ciências Florestais da Esalq - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz USP, em Piracicaba.

      O estudo foi dividido em duas partes. A primeira buscou avaliar as condições da vegetação florestal na área de estudo e o seu potencial na prestação de serviços, e a segunda parte mensurou o efeito desta vegetação em parâmetros físico-químicos da água. "As unidades de estudo foram definidas na bacia do rio Corumbataí (interior de São Paulo), a partir do mapeamento do uso do solo do ano de 2000 pelo método de amostragem adaptativa, onde as unidades deveriam apresentar um mínimo de 70% de matriz e 10% de cobertura florestal", explica Carla. "Foram selecionadas seis unidades de 16 quilômetros quadrados (km2), três unidades com matriz de pasto e três unidades com matriz de cana-de-açúcar".

       Com as unidades definidas foram realizados os mapeamentos por fotointerpretação para cinco datas (1962, 1978,1995, 2000 e 2008) e, a partir disso, foi possível calcular as mudanças do uso do solo e índices para os fragmentos florestais que identificaram sua trajetória. "A pesquisa propôs uma metodologia para caracterizar o potencial de proteção dos recursos hídricos pelas florestas a partir da estrutura e dinâmica da paisagem, permitindo a diferenciação da vegetação florestal de acordo com o seu histórico, localização e características do terreno", aponta o professor Silvio Frosini de Barros Ferraz, que orientou a pesquisa.

      VEGETAÇÃO FLORESTAL :
        Segundo a autora do trabalho, os resultados mostraram que a vegetação florestal na área de estudo tem aumentado nos últimos anos, dando indícios ao inicio de uma fase de regeneração, conhecida como a segunda fase da transição florestal, porém apenas estudos futuros poderão confirmar essa análise. "No entanto, a paisagem apresentou uma baixa cobertura florestal, de aproximadamente 16% da área de estudo, com muitos fragmentos pequenos, geralmente próximos a cursos d’água de primeira ordem. Das florestas existentes, apenas um terço estaria exercendo seu potencial pleno de conservação das águas", conta.

      De acordo com o orientador do estudo, quando pensamos em aumentar a proteção dos recursos hídricos pela vegetação florestal é interessante se atentar para a recuperação dos fragmentos florestais já presentes na paisagem. "Muitas vezes é dada uma importância maior ao plantio de novas áreas, do que ao enriquecimento das já existentes. Plantios novos levarão mais tempo para se estabelecer e se desenvolver enquanto a recuperação dos fragmentos poderá apresentar uma resposta mais rápida para o aumento e a permanência dessa vegetação florestal na paisagem e consequentemente para oferta de serviços ecossistêmicos", conclui Ferraz.

        A conversão de florestas em usos antrópicos tende a reduzir a qualidade da água, devido ao aporte de nutrientes e sedimentos provenientes da movimentação e manejo do solo. "As florestas se apresentam como a melhor cobertura do solo para a manutenção da qualidade natural das águas superficiais, proporcionando serviços ecossistêmicos de regulação e provisão desse recurso", aponta Carla. Em contrapartida, segundo a pesquisadora, "a presença de vegetação florestal na área ripária pode reduzir esses efeitos, através da prestação de alguns serviços de proteção dos corpos d’água".

         Com o objetivo de detectar a influência da mata ciliar na composição físico-química da água em microbacias agrícolas, a engenheira florestal desenvolveu, no programa de Pós-graduação em Recursos Florestais da Esalq um trabalho de avaliação da cobertura florestal sua relação com os recursos hídricos. A proposta está inserida no projeto "Avaliação multi-escala de impactos ambientais em paisagem fragmentada agrícola" coordenado pela professora Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz, do LCF, que busca avaliar os impactos na fauna, na flora e na água resultantes da ocupação e uso do solo na área rural. O professor Silvio Frosini de Barros Ferraz, também do LCF, orientou a pesquisa, que teve apoio da Fapesp - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo



















Uma em cada cinco espécies de répteis pode sumir


EXTINÇÃO

Uma em cada cinco espécies de répteis pode sumir


Estudo da Sociedade Zoológica de Londres indica que 19% das espécies de répteis do mundo correm risco de extinção





         Durante milênios, os répteis conseguiram viver sossegados nos mais variados habitats terrestres e marinhos do planeta. Não mais. Atualmente, uma em cada cinco espécies de répteis está ameaçada de extinção, segundo um levantamento inédito divulgado hoje pela ZSL - Sociedade Zoológica de Londres -, juntamente com a IUCN - União Internacional para a Conservação da Natureza.
            O estudo, publicado na revista Biological Conservation, é o primeiro de seu tipo a apresentar o estado de conservação de répteis em todo o mundo. Mais de 200 especialistas avaliaram o risco de extinção de 1.500 espécies de répteis, selecionados de forma aleatória.

            Segundo a análise, 19% dos répteis do mundo correm risco de extinção, como o lagarto de nariz saliente - Lyriocephalus scutatus -, da foto. Destas, 12% foram classificadas como espécies “criticamente ameaçadas”, enquanto 41% estão em “perigo” e outros 47% “vulneráveis”. O nível de ameaça permanece particularmente elevado nos trópicos, por causa da conversão do habitat para a agricultura e exploração madeireira.

         Outra revelação preocupante é de que o risco de extinção não está igualmente repartido no universo das espécies. Conforme o estudo, 30% do conjunto dos animais de água doce estão próximos da extinção. As tartarugas de água doce, por exemplo, correm um perigo especialmente elevado (50%), refletindo as altas ameaças que a biodiversidade marinha de água doce enfrenta como um todo.



Foto: Divulgação / IUCN







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