O X do século XXI - 10 minutos com Philip Wollen, ex vice-presidente do Citibank

A verdade que nenhum ambientalista pode deixar de mostrar:
Como a indústria da morte e crueldade dos animais está devastando o planeta, arruinando as espécies, adoecendo e matando de fome a humanidade em proporções gigantescas.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

WSPA entrega na Câmara abaixo-assinado internacional em prol dos animais domésticos

Sarney Filho recebe abaixo-assinado da equipe da WSPA Brasil
01/07/2010

© WSPA Brasil
A equipe da WSPA entregou, esta semana, o abaixo-assinado da campanha internacional pela rejeição do Projeto de Lei 4548/98 ao presidente da Câmara Michel Temer e aos líderes de partido.

Mais de 40 mil cidadãos de 152 países assinaram a petição, mostrando que a rejeição ao projeto ultrapassa fronteiras. Foi o resultado de uma campanha de mobilização realizada pela WSPA que rodou o mundo e obteve esse apoio maciço em apenas 4 meses.

O PL 4548/98 pretende modificar a Lei de Crimes Ambientais, descriminalizando atos de abuso e maus-tratos contra animais domésticos e domesticados. O absurdo da proposta já havia sensibilizado mais de 65 mil brasileiros, que expressaram seu repúdio a esse projeto participando da ação online proposta pela WSPA e enviando mais de 2 milhões de emails aos deputados federais.

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Fonte: ASDAN - SD

terça-feira, 13 de julho de 2010

Educação Humanitária - Um caminho para a paz

“Respeite a Terra e a vida em toda a sua diversidade” “Reconheça que todos os seres são interdependentes e toda forma de vida tem valor independentemente do valor que tenha para os seres humanos...” A Carta da Terra – Princípios 1 e 15 *Reconhecida pela UNESCO



“A Educação Humanitária tem como objetivo incentivar as pessoas a terem compaixão, respeito e empatia pelo homem, pelos animais e pelo meio ambiente. Enfatizando a inter-relação de todos os seres vivos do planeta, mostra como são importantes as escolhas e as atitudes de cada pessoa para ajudar a solucionar os desafios que o mundo vem enfrentando. A Educação Humanitária não apenas apresenta aos estudantes os problemas, como desenvolve neles habilidades para enfrentar os desafios globais, além da vontade para buscar soluções, tornando-os conscientes da importância de seus próprios atos na transformação da sociedade.” Introdução da EH nas escolas – Priscila Fernandes - Universidade Federal de Lavras


A educação humanitária é uma disciplina ampla, que abrange todas as formas de educação sobre justiça social e cidadania, questões ambientais, bem-estar dos animais e o cuidado com eles. Por meio de atitudes educacionais humanitárias e de pensamento crítico, as habilidades são desenvolvidas a fim de nos tornarmos mais compassivos e respeitosos. A educação humanitária oferece uma oportunidade para as crianças e os adultos desenvolverem igualmente um sentimento de admiração e responsabilidade pelo mundo natural, seu meio ambiente e pelos animais que o compartilham.

A educação humanitária não é só cuidados com animais – como tratar os animais de companhia, mantê-los limpos, livres de parasitas e doenças e evitar nascimentos indesejados etc. Ela ensina sobre os animais em termos de senciência, emoções e inteligência. Todavia, não é só isso: significa ensinar as crianças, por meio de lições e atividades cuidadosamente montadas, a ter empatia; a sentir como os animais provavelmente sentem. Todo esse processo de empatia é algo que tem subprodutos positivos em toda a sociedade, pois o cuidado e a compaixão estendem-se às pessoas e ao meio ambiente, assim como aos animais.

A EDUCAÇÃO HUMANITÁRIA É UM PROCESSO QUE ESTIMULA O ENTENDIMENTO SOBRE A NECESSIDADE DE COMPAIXÃO E DE RESPEITO PELAS PESSOAS, ANIMAIS E O MEIO AMBIENTE E RECONHECE A INTERDEPENDÊNCIA DE TODOS OS SERES VIVOS.

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO HUMANITÁRIA

O objetivo da educação humanitária é conscientizar sobre uma vasta série de questões que suscitam preocupação, e, por meio dessa conscientização, estimular as atitudes de empatia e compaixão, responsabilidade e justiça. O objetivo máximo é a criação de uma sociedade capaz de proteger e cuidar. É uma forma de apresentar as crianças às emoções e reações dos animais, bem como ligar isso a um entendimento sobre os assuntos ambientais e ecossistemas. A educação humanitária ajuda a desenvolver as atitudes e as habilidades de pensamento crítico das crianças, para que se tornem mais atenciosas e respeitosas.

A educação humanitária significa:
• Oferecer informações precisas;
• Estimular os três Cs: Curiosidade, Criatividade e Crítica;
• Difundir os três Rs: Reverência, Respeito e Responsabilidade;
• Oferecer escolhas positivas.

A educação humanitária prepara as crianças para tomar decisões e agir como cidadãos responsáveis, ajudando o planeta, os animais e as pessoas de uma forma apropriada e sustentável. Finalmente, a educação humanitária é uma força positiva na sala de aula, deixando tanto o(a) professor(a) e o(a) aluno(a) inspirados(as) a se envolver em atividades que contribuam para um mundo melhor.

O LINK COM A VIOLÊNCIA

As pessoas acham que, quando os jovens abusam dos animais, é só uma fase pela qual estão passando. No entanto, os jovens que são violentos com os animais raramente param aí. Esses atos têm sido há muito reconhecidos como indicadores de uma perigosa tendência psicótica. Por exemplo, Albert De Salvo, o notório Estrangulador de Boston, pegava cachorros e gatos em armadilhas e atirava flechas nas caixas em que estavam confinados (Fucini, 1978).

O abuso contra os animais não é um fato isolado; ou melhor, acontece dentro de uma rede complexa de relações familiares perturbadas. Por exemplo, a violência contra os animais é freqüentemente encontrado em lares em que o abuso contra crianças e a violência doméstica também estão presentes. Em uma pesquisa nacional sobre mulheres que procuram abrigo contra a agressão doméstica em casas de apoio, 85% das que possuíam animais de companhia relataram que seus ofensores também os tinham machucado ou ameaçado (Ascione, E. R. 1997). Os filhos de famílias com problemas que testemunham a violência doméstica ou que são as próprias vítimas têm maior probabilidade de abusar dos animais, imitando a crueldade que viram ou experimentaram. Um estudo conduzido em 1995 (Ascione, F. R. 1995) notou que 32% das vítimas de abuso doméstico que possuem animais de estimação relataram que um ou mais de seus filhos tinha machucado ou matado um animal.

Numerosos estudos psicológicos demonstram uma clara correlação entre a crueldade contra animais na infância e posterior criminalidade e, em alguns casos, tais atos foram precursores do abuso contra crianças. Um desses estudos é o de Kellert-Felthous sobre "Crueldade Infantil contra Animais entre Criminosos e Não-Criminosos" (1985), patrocinado pela WSPA.

O estudo de Kellert-Felthous, além de confirmar uma forte correlação entre a crueldade contra animais na infância e o futuro comportamento anti-social e agressivo, enfatizou a necessidade que os pesquisadores, clínicos e líderes da sociedade têm de ficar alertas em relação à violência contra os animais na infância. Sugeriu que a evolução de uma relação mais gentil e benigna na sociedade humana pode ser obtida pela promoção de uma ética mais positiva e carinhosa entre as crianças e os animais.

Além disso, o livro marcante “Abuso de Crianças, Violência Doméstica e Abuso de Animais: Ligando os Círculos de Compaixão para Prevenção e Intervenção” (Child Abuse, Domestic Violence and Animal Abuse: Linking the Circles of Compassion for Prevention and Intervention) enfatiza que os programas de prevenção da violência são aprimorados quando se inclui pessoal de proteção animal e se reconhece que os maus-tratos contra animais são uma questão de bem-estar humano. O livro é um passo histórico para ajudar os profissionais a reconhecer sua interconexão e para estimular o treinamento interdisciplinar, a prevenção e a intervenção.

"AS CRIANÇAS QUE SÃO TREINADAS PARA ESTENDER A JUSTIÇA, A GENTILEZA E A MISERICÓRDIA AOS ANIMAIS TORNAM-SE MAIS JUSTAS, CORDIAIS E ATENCIOSAS EM SUAS RELAÇÕES ENTRE SI. O TREINAMENTO DE CARÁTER DOS JOVENS, SEGUNDO ESTE MODELO, RESULTARÁ EM HOMENS E MULHERES COM MAIS COMPAIXÃO: CIDADÃOS MAIS HUMANITÁRIOS E MAIS OBEDIENTES À LEI – EM TODOS OS ASPECTOS". 1993 – Congresso da Associação Nacional de Pais-Professores dos EUA.

Ensinar os alunos a ter empatia pelos outros seres é essencial para criar cidadãos gentis, atenciosos. A educação humanitária é necessária para desenvolver uma sociedade instruída que tenha empatia e respeito pela vida, daí quebrando o ciclo do abuso. Uma série de ONGs está tentando conscientizar as pessoas sobre a ligação entre a crueldade contra os animais e a violência, incluindo: a HSUS, que lançou a Campanha do CAPÍTULO 8 Primeiro Golpe; a Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra as Crianças (NSPCC) e a RSPCA, que foi a anfitriã da conferência Making the Links (Como Fazer os Links); e a Fundação de Pesquisa e Educação PETA, que produziu um livreto sobre o link da violência, para promotores públicos, magistrados e juízes. No Brasil, destam-se o Instituto Nina Rosa, com vasto material, destacando-se o Kit educativo Fulaninho, adotado nas escolas da rede municipal de Sao Paulo, e a WSPA Brasil, com suas afiliadas, entre outras.

EDUCAÇÃO HUMANITÁRIA NO CURRÍCULO NACIONAL

A educação humanitária pode ser realizada de muitas formas, com métodos não-formais – como fazer campanhas – ou a abordagem mais óbvia e formal usada nas escolas. A maneira mais bem-sucedida de promover a educação humanitária nas escolas é estabelecer um programa consistente e de grande alcance, como parte do Currículo Nacional, em uma estrutura que consolide tópicos sociais, ambientais e de proteção animal. A educação humanitária tem um papel essencial a realizar na educação moral desejável para transformar as crianças em adultos atenciosos e responsáveis. Embora a maioria dos governos reconheça a importância da dimensão moral da educação, poucos põem em prática os reais mecanismos para garantir que isso aconteça.

De preferência, a educação humanitária na sala de aula deve incorporar a exploração de questões humanas, animais e ambientais, com o objetivo de ensinar às crianças um sentido pessoal de responsabilidade e uma atitude piedosa umas pelas outras, pelos animais e pelo meio ambiente. Esse tipo de educação estimula a análise de diferentes questões, como:

• Pensar sobre os outros seres, incluindo os animais e suas necessidades, sentimentos e possíveis sofrimentos;
• Pensar sobre os efeitos de suas ações sobre outros;
• Pensar sobre o mundo e seu lugar nele.

A educação humanitária como parte do currículo deve abranger aulas de conscientização sobre o meio ambiente, educação para a cidadania e proteção animal. Uma parte importante do processo de construir a educação humanitária no sistema educacional é o desenvolvimento de materiais de estudo consistentes que abarquem todas essas áreas. O compromisso com a educação humanitária é freqüentemente o ponto forte das sociedades de proteção animal e há excelentes e abundantes materiais já disponíveis nesta área para serem usados como base para os módulos dos cursos de bem-estar animal.

Até que a educação humanitária tenha o seu lugar no Currículo Nacional, já há campo para sua introdução de maneira transversal, por meio de outras matérias básicas, como Português ou Ciência. No entanto, os melhores resultados nesta área foram obtidos por intermédio de um lugar dedicado a ela no currículo, com apoio oficial para o treinamento de professores e materiais de estudo.

"POR QUE A COMPAIXÃO NÃO É PARTE DE NOSSO CURRÍCULO ESTABELECIDO, UMA PARTE INERENTE DE NOSSA EDUCAÇÃO? COMPAIXÃO, ADMIRAÇÃO, RESPEITO, CURIOSIDADE, EXALTAÇÃO, HUMILDADE – ESSAS SÃO AS BASES DE TODA CIVILIZAÇÃO REAL. NÃO MAIS AS PRERROGATIVAS DE UMA IGREJA, MAS PERTENCENTES A TODOS, A TODAS AS CRIANÇAS EM TODOS OS LARES, EM TODAS AS ESCOLAS". Yehudi Menuhin

COMO REALIZAR A EDUCAÇÃO HUMANITÁRIA

Esta seção delineia algumas das ferramentas de ensino disponíveis na educação humanitária formal nas escolas, assim como os métodos usados no treinamento de professores, a importância do treinamento para vocações no trabalho com os animais e abordagens para a educação humanitária não-formal.

a) Ferramentas de ensino

  1. Livros tradicionais de exercícios: Os livros de exercícios são úteis principalmente se têm folhas soltas, que podem ser fotocopiadas para as crianças.
  2. Cartazes para as escolas: os cartazes podem ser simples, mostrando um animal, ou complexos, demonstrando as ligações entre diferentes tópicos e podem ser usados em diversas atividades, como sessões de perguntas e respostas, em aulas de língua e arte ou em jogos educativos.
  3. Desenhos para colorir: podem ser usados para crianças menores (de 3 a 8 anos, em média), na escola, em casa ou em outro cenário educacional informal.
  4. Concursos de educação humanitária: são uma excelente maneira de estimular os professores a introduzir a educação humanitária em sua aulas e a despertar o interesse e o envolvimento dos alunos em relação aos princípios humanitários. Os concursos podem abranger uma série de áreas: redações, cartas, pinturas, pintura de camisetas, poesia e histórias em quadrinhos.

O segredo é desenvolver títulos criativos e imaginativos para as categorias do concurso. Os professores precisam ser estimulados a persuadir suas turmas a participar também, talvez oferecendo um prêmio. Estes são, com freqüência, doados. É preciso tomar cuidado, no entanto, pois nem toda criança tem dom ou talento e pode se sentir excluída do processo criativo – ainda mais se tem carinho pelos animais. O concurso pode ser ameaçador para ela, enquanto a educação humanitária é, na verdade, sobre valores como a cooperação e a interdependência, que reduzem a competição. Alguns concursos são bons, mas deve haver outras atividades de educação humanitária que estimulem o trabalho em grupo ou em equipe. No caso de haver tarefas individuais a serem realizadas, é preciso fazer avaliações subjetivas, com feedback positivo para cada criança.
Outros: uma série de outros métodos pode ser empregada, incluindo discussões em sala de aula, exploração no pátio da escola, visitas a abrigos e fazendas, textos para estudo, pesquisa na Internet etc. Há uma série de manuais úteis sobre métodos de educação humanitária como, por exemplo, o Earthkind, de David Selby (1995).

b) Treinamento de professores

Além de fornecer os materiais de recursos, as sociedades de proteção animal no Brasil, e exterior, com parcerias de escolas e secretarias de educação, já vem realizando, o treinamento de professores em workshops e também ajudado no desenvolvimento de grupos de proteção animal em escolas.

Há muitas abordagens diferentes para se iniciar o treinamento de professores. Porém, antes que novas iniciativas sejam desenvolvidas, recomenda-se procurar a cooperação de organizações que já realizam a educação humanitária e dos departamentos educacionais locais e nacionais.

Os recursos para os workshops de treinamento de professores podem estar disponíveis e serem usados ou adaptados para a situação local. Entretanto, em alguns casos, é necessário inserir mais trabalho, incumbindo os professores locais, por exemplo, de verificar se os materiais visam corretamente ao sistema nacional, às circunstâncias e aos públicos.

Em outubro de 2007, a WSPA e a Escola da Natureza firmaram termo de cooperação, por meio do programa governamental "Parceiros da Escola". Com a parceria, teve início o programa Escola é o Bicho - Respeito a todas as formas de vida.

O programa foi concebido a partir de dois eixos - a formação de educadores humanitários (curso de 60 horas certificado pela Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE) e a criação dos Grupos de Bem-Estar Animal (GBEAs) nas escolas e comunidades dos participantes do curso.

O objetivo é sensibilizar a comunidade escolar e os cidadãos para formar uma cultura socioambiental, por meio da qual sejam desenvolvidos os valores humanitários, para promoção de atitudes voltadas ao respeito a todas as formas de vida.


c) Educação humanitária não-formal

Como mencionado anteriormente, a educação humanitária não é restrita ao ensino formal em sala de aula; pode também ser realizada de modo informal. A educação humanitária não-formal abrange todos os métodos de disseminação de informação, que provoca o pensamento e leva à conscientização – dois componentes essenciais do processo de educação. A opinião pública tem uma força incomensurável e pode ser aproveitada de inúmeras maneiras, incluindo:

• Campanhas de mídia;
• Documentários de televisão, anúncios, notícias, peças teatrais, debates etc;
• Vídeos, livros, revistas, artigos de jornal;
• Camisetas;
• Cartazes;
• Panfletos, kits de informações;
• Eventos de conscientização, como exposições, aberturas;
• Manifestações;
• Rotulagem de produtos.


"ENSINAR UMA CRIANÇA A NÃO PISAR NUMA LAGARTA É TÃO VALIOSO PARA A CRIANÇA COMO É PARA A LAGARTA". Bradley Millar


Obras citadas: Child Abuse, Domestic Violence and Animal Abuse: Linking the Circles of Compassion for Prevention and Intervention . Frank R. Ascione, Ph.D. and Phil Arkow (Editores) - Patrocinado pela Latham Foundation Editora: Purdue University Press ISBN: 978-1557531421 Esse importante livro é uma compilação de 45 ensaios de 51 autoridades conhecidas. Inclui pesquisa original, intervenções estratégicas e histórias dramáticas dos sobreviventes de múltiplas formas de violência familiar; reúne pesquisas úteis nessa área; e traça ações que já foram realizadas para enfocar este problema.

Ascione, F. R. 1997. The abuse of animals and domestic violence: a national survey of shelters for women who are battered.(O abuso de animais e violência doméstica: uma pesquisa nacional sobre abrigos para mulheres seviciadas). Disponível on-line no site www.psyeta.org/sa/sa5.3/Ascione.html

Ascione, F. R. 1995. Domestic violence and cruelty to animals (Violência doméstica e crueldade contra os animais) Disponível on-line no site www.parkc.org/domestic.htm

Imagens: Eventos do Programa "A Escola é o Bicho", introduzido na rede pública de educação do DF, em parceria da "Escola da Natureza" com a WSPA/Brasil - Sociedade Mundial de Proteção aos Animais.

domingo, 11 de julho de 2010

Tráfico de Animais Silvestres

O comércio ilegal de animais silvestres é a terceira atividade clandestina que mais movimenta dinheiro sujo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas.

O Brasil é um dos principais alvos dos traficantes devido a sua imensa diversidade de peixes, aves, insetos, mamíferos, répteis, anfíbios e outros.

As condições de transporte são péssimas. Muitos morrem antes de chegar ao seu destino final.
Filhotes são retirados das matas, atravessam as fronteiras escondidos nas bagagens de

contrabandistas para serem vendidos como mercadoria.

Papagaio.jpg (63063 bytes)

Todos os anos mais de 38 milhões de animais selvagens são retirados ilegalmente de seu hábitat no país , sendo 40% exportados, segundo relatório da Polícia Federal.

O tráfico interno é praticado por caminhoneiros, motoristas de ônibus e viajantes. Já o esquema internacional, envolve grande número de pessoas.

Os animais são capturados ou caçados no Norte, Nordeste e Pantanal, geralmente por pessoas muito pobres, passam por vários intermediários e são vendidos principalmente no eixo Rio-São Paulo ou exportados.

Os animais são traficados para pet shops, colecionadores particulares (priorizam espécies raras e ameaçadas de extinção!) e para fins científicos (cobras, sapos, aranhas...).

Com o desmatamento, muitas espécies entraram para a lista de animais ameaçados de extinção,
principalmente na Mata Atlântica. Para mais informações, consulte o site www.renctas.org.br da
Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, o MMA, o IBAMA, SOS FAUNA
ou a CITIES - Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens
em Perigo de Extinção.

Segundo o IBAMA, a exploração desordenada do território brasileiro é uma das principais causas de extinção de espécies. O desmatamento e degradação dos ambientes naturais, o avanço da fronteira agrícola, a caça de subsistência e a caça predatória, a venda de produtos e animais procedentes da caça, apanha ou captura ilegais (tráfico) na natureza e a introdução de espécies exóticas em território nacional são fatores que participam de forma efetiva do processo de extinção. Este processo vem crescendo nas últimas duas décadas a medida que a população cresce e os índices de pobreza
aumentam.

Macaco

O que podemos fazer :

Não compre animais silvestres. Ter espécie nativa em cativeiro, sem comprovação da origem do animal, é crime previsto em lei.

Cada indivíduo capturado faz falta ao ambiente e também os descendentes que ele deixa de ter.
Também não compre artesanatos feitos com partes de animais, como penas coloridas.

Seja vigilante. Se presenciar a venda na feira livre ou depósito de tráfico, avise a polícia. Informe dados precisos da ocorrência.

Denúncias ao IBAMA através da Linha Verde Tel. 0800 61 8080.
Se te oferecem um animal na beira da estrada, não compre e repreenda o vendedor dizendo que isso é crime e que ele procure outra atividade que não lhe cause problemas com a lei.

Os pássaros nascem para ser livres e não presos ao stress e tédio do restrito espaço de uma gaiola. Afinal para que foram feitas as asas dos pássaros ?

O animal que vive preso, perde a capacidade de sobreviver e se defender sozinho e não pode ser solto na natureza sem o acompanhamento de um especialista.

Quando decidir ter um animal de estimação, lembre-se que existem milhares de cães e gatos abandonados aguardando a chance de uma adoção. Consulte a prefeitura da sua cidade ou entidades de proteção animal.

Somente a conscientização da população poderá desestimular este comércio ilegal e proteger o direito à vida e liberdade dos animais.

Vamos combater o tráfico de animais silvestres.

Se ninguém compra, ninguém vende, ninguém caça.

Extinção às gaiolas !

Músicas sobre o tema.

Vídeos :
Tráfico de animais silvestres - Globo Repórter
Tráfico de animais silvestres 2
Vídeo 3.

Bem-estar animal.

Jabuti

DECRETO Nº 3.179, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999.
Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
CAPÍTULO II
DAS SANÇÕES APLICÁVEIS ÀS INFRAÇÕES COMETIDAS CONTRA O MEIO AMBIENTE
SEÇÃO I
DAS SANÇÕES APLICÁVEIS ÀS INFRAÇÕES CONTRA A FAUNA
Art 11 matar , perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Multa de R$500,00 (quinhentos reais), por unidade com acréscimo por exemplar excedente de:
I - R$5.000,00 (cinco mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo I da Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção-CITES; e
II - R$3.000,00 ( três mil reais), por unidade de espécie constante da lista oficial de fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo II da CITES.
§ 1º Incorre nas mesmas multas:
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural; ou
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. IBAMA .

Para saber mais : Convenção sobre Diversidade Biológica (Rio-92).

sábado, 10 de julho de 2010

Animais silvestre: um convite à reflexão - APASFA

Papagaios, jabutís, araras, macacos, passarinhos e tantos outros animais da Fauna Silvestre Brasileira vêm sendo vítimas de um comércio ilegal que movimenta cerca de 2 bilhões de dollares por ano.

Nós, brasileiros, fomos criados tendo diversos desses animais como sendo de estimação, sem ter a menor idéia do preço que milhares de outros animais pagaram, para que os nossos pudessem estar em nossas casas.

Você não tem um animal silvestre? Gostaria de ter um? Se clicou nesta página, é provável que sim. Mas se você se importa com a vida, com o respeito pelos animais, com certeza vai mudar de idéia.

E quando falamos em animais da Fauna Brasileira, incluimos cada ser vivente.Será que na sua casa tem algum objeto decorado com asa de borboleta? Você já parou pra pensar que esses belíssimos seres também são sacrificados pra satisfazer nossa vaidade? Muitos de nós apreciamos artesanato feito com as asas desses insetos sem nunca ter parado pra pensar que eles também foram criaturas vivas. Saiba que muitas espécies de borboletas estão em extinção e que são mortas de maneira cruel.


  • Você sabia que para garantir a "beleza" do artesanato feito com asas de borboleta, os machos são mergulhados, ainda vivos, em um tipo de solvente de tinta, que elimina os parasitas garantindo a "perfeição das formas"?

  • Você sabia que os traficantes de animais silvestres pagam crianças para capturarem borboletas e passarinhos, para o quê, elas perdem aulas na escola?

  • Você sabia que milhares de borboletas usadas em artesanatos são espécies em extinção?

  • Você sabia que todo pscitacídeo (pássaros de bico curvo como periquito, papagaio, etc.) precisa de um companheiro da mesma espécie?

  • Você sabia que araras, papagaios, periquitos e todos os pscitacídeos também podem sentir raiva, amor e ciúme?

  • Você sabia que na Primavera os papagaios gritam para atrair as fêmeas?

  • Você sabia que após 3 ou 6 anos após você ter comprado um psitacídeo, você vai ter problemas porque ele precisa procriar?

  • Você sabia que a maioria dos psitacídeos está em perigo de extinção?

  • Você sabia que papagaios preferem viver num aviário a viver entre quatro paredes, mesmo no inverno?

  • Você sabia que de cada 100 papagaios apenas 10 aprendem a falar?

  • Você sabia que a maioria dos papagaios morre nas mesmas condições que os seres humanos(alimentação inadequada, stress e falta de exercício) ?

  • Você sabia que papagaios precisam de uma grande dose de atenção,cerca de 8 horas por dia?

  • Você sabia que 70 % dos psitacídeos sofrem de problemas no fígado, por viverem em ambientes muito secos?

  • Você sabia que os psitascídeos de grande porte acabam tendo vários diferentes donos, por viverem muito (alguns vivem até 70 anos)?

  • Você sabia que alguns criadouros atuam como pontos de "lavagem"de animais contrabandeados?

  • Você sabia que para capturar um filhote de macaco os traficantes não hesitam em matar a fêmea mãe?

  • Você sabia que macacos têm as presas arrancadas e são dopados com analgésicos, para parecerem mansos?

  • Você sabia que, apesar da Portaria 117/97-N, de 15 de outubro de 1997 onde o Presidente do IBAMA legalizou a venda de animais silvestres APENAS para criadouros credenciados, o tráfico ilegal de animais continua?

  • Você sabia que para cada animal capturado na natureza que sobrevive e chega até você, nove morreram no transporte, de sede, fome frio ou asfixia?

  • Você sabia que cerca de 12 milhões de animais são ilegalmente retirados anualmente das matasbrasileiras e vendidos em diversas cidades do país, representando um faturamento de mais de 2 bilhões de dólares por ano?!



  • Você sabia que depois do desmatamento, a maior ameaça aos animais é o comércio ilegal?

  • Você sabia que o tráfico de animais é a terceira atividade ilícita mais lucrativa, depois do tráfico de drogas e armas?

  • Você sabia que cada animal retirado da natureza enfrenta crises de depressão gerada por solidão, o que os faz perder a própria identidade?

  • Se você não sabia, agora SABE o quanto somos responsáveis por tudo o que vem acontecendo, pois vimos alimentando esse comércio para que ele chegasse no ponto aonde chegou.

  • Se mesmo assim você decidir comprar um, procure um criadouro credenciado do IBAMA.

  • Se você ama a Natureza deixe os Animais Silvestres em liberdade; se você já tem um cuide bem dele, mas não compre outro; artesanatos com asas de borboletas e penas de pássaros são dispensáveis. Compre produtos que não contenham partes de animais. Se ninguém mais comprar os traficantes terão que mudar de atividade e milhões de animais deixarão de ser sacrificados.
Fonte: http://www.apasfa.org/quem/anisil.html
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SOS Projeto Mucky


AOMA - CNPJ 03.788.097/001-37 - 2010